Crítica | Os Banshees de Inisherin

Título original: Os Banshees de Inisherin

Direção: Martin McDonagh

Elenco: Collin Farrell, Brendan Gleeson, Kerry Condon, Barry Keoghan e etc.

Gênero: Comédia dramática.

 Notinha: 5/5

Sinopse: Os Banshees de Inisherin se passa na ilha fictícia de Inisherin, em 1923, durante a Guerra Civil Irlandesa.  Pádraic (Colin Farrell) é um homem extremamente gentil cujo ser inteiro é abalado depois de experimentar a crueldade abrupta e casual de Colm (Breendan Gleeson), dois amigos de longa data cuja amizade é quebrada após o conflito surgir no país. Pádraic, confuso e devastado, tenta reatar o relacionamento com o apoio de sua irmã Siobhan (Kerry Condon), que junto com Dominic (Barry Keoghan), filho do policial local, tem suas preocupações dentro da pequena ilha. Mas quando Colm lança um ultimato chocante para tornar suas intenções realidade, os eventos começam a se intensificar.

                                                   Crítica


É sem sombra de dúvidas um filme pouco comum, do tipo que a gente lê a sinopse ou assiste o trailer e se pergunta sobre a infinita criatividade humana, pois bem é o que o cinema e talvez você precise ver pra se conectar (quem sabe) com alguma coisa aí dentro de ti, que acredita ter certezas sobre coisas da vida que são de fato perecíveis a mudanças como uma relação de amizade. E aqui acredito que qualquer pessoa em algum momento da vida já tenha passado, pela experiência de sem mais nem menos alguém querido a você decidir que não quer mais sua companhia, você como parte da sua vida e o que se faz com isso? É o que nosso ingênuo e engraçado sem  intenção de ser Pádraic (interpretado pelo excelente aqui Collin Farrell) tenta o filme inteiro decidir o que fazer da vida, agora que seu mais querido amigo não o quer mais em sua vida.

É um exercício humano seguir em frente, insistir, questionar, tentar entender, brigar quando a realidade apresentada não nos faz mais sentido. Existe uma angústia existencial em saber que alguém querido pra gente não nutre mais a mesma afeição de antes por nós, uma espécie de confusão mental se instala em nós, é possível tal qual o personagem se colocar em situações constrangedoras apenas numa tentativa de chamar a atenção dessa outra pessoa que só quer distância dele.

É uma odisseia nem sempre barulhenta e extravagante como estamos acostumados para falar de coisas da vida comum, como o que fazemos com o nosso tédio? Para onde vamos? Quem são as nossas pessoas de referência na vida? E porque temos tanto medo de mudar? Fazer algo pela primeira vez pode ser muito mais aterrorizante do que seguir fazendo as mesmas coisas de toda uma vida.

É uma exibição sensível com paisagens tão bonitas dessa ilha fictícia cheia de verde de animais num momento muito diferente da Europa e do mundo, faz você rir de gargalhar em alguns momentos e em outros dá vontade de chorar e por isso indico para quem quiser se deixar tocar pelas coisas singelas que só pode vir das experiências nas quais da gente se desnuda para viver a verdade que houver pra ser vivida.

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