Crítica | O Chamado 4 : Samara Ressurge



Título original: Sadako DX

Direção: Hisashi Kimura

Gênero: Terror, suspense.

Elenco:  Fûka KoshibaMario KurobaKazuma Kawamura

Notinha: 3/5

SINOPSE: As pessoas que assistem a um vídeo amaldiçoado morrem repentinamente. Essas mortes estão ocorrendo em todo o Japão. Ayaka Ichijo é uma estudante extremamente inteligente, com um QI de 200, que precisa desvendar o mistério do vídeo amaldiçoado para salvar a vida de sua irmã mais nova, que assistiu ao vídeo apenas por diversão. Em 'Ring 4', acompanhamos Ayaka Ichijo (Fuka Koshiba), uma estudante cética em relação ao vídeo e à lenda que o cerca, que se tornou um fenômeno viral. Ela descobre que sua irmã, Futaba (Yuki Yagi), viu uma cópia da fita e percebe que a morte dela não ocorrerá em sete dias, mas sim em 24 horas, o que a leva a desvendar a maldição de Sadako para salvá-la. Ayaka está acompanhada por seu namorado, Oji Maeda (Kazuma Kawamura), bem como pelo talentoso médium e cartomante, Mestre Kenshin (Hiroyuki Ikeuchi).


Crítica 

A saga O Chamado (2002) é conhecida por todos nós, a partir do remake feito por Hollywood de uma série de filmes japoneses chamados Ringu (1998). Surpreendentemente, ao contrário do que acontece na maioria das vezes, a adaptação feita do original não apenas obteve um grande sucesso de crítica e público, mas também nos presenteou com uma trilogia que marcou o gênero no início do século XXI. Deixando a nostalgia de lado, gostaria de destacar que o filme em questão não é uma continuação dos filmes estadunidenses que mencionei anteriormente, mas sim dos originais japoneses. Vocês já os assistiram? Pois bem, acredito ter visto apenas o primeiro e sinto uma leve estranheza em relação à maneira como eles fazem cinema de terror. É evidente a diferença entre as obras, e vejo isso de forma positiva, pois a diversidade e a originalidade são sempre bem-vindas.


A história acompanha a jovem Ayaka, uma estudante universitária cética e dedicada a desvendar mistérios supostamente sobrenaturais por meio do pensamento científico. Em uma dessas ocasiões, ela se depara com a lenda de uma fita VHS que, após ser assistida, causa a morte da pessoa em sete dias. Ela precisa entender com o que está lidando ao passo que sua irmã mais nova assiste ao vídeo, colocando-a em uma situação ainda mais crítica. O aspecto mais interessante que percebi é a tentativa de transportar a narrativa para o contexto atual das comunicações, com as redes sociais e a disseminação de um vídeo que tem o poder de tirar a vida de quem o assiste. A rapidez das redes sociais é representada pelo prazo de 24 horas para viver, o que nos faz refletir, já que estamos constantemente expostos a inúmeros vídeos em diferentes plataformas. Inicialmente, chamo isso de tentativa de atualizar a narrativa para as novas gerações, pois, em minha opinião, a intenção é bastante positiva, porém a execução do roteiro deixa a desejar, comprometendo a história em si.


O filme em si é razoável, possui um tom um tanto cômico, embora sem longos momentos de risadas como talvez estejamos acostumados, mas entretém em alguns aspectos dentro do que se propõe. É muito interessante ultrapassar as barreiras culturais e, de tempos em tempos, assistir a algo diferente do que estamos acostumados. Não é o tipo de filme que encherá salas de cinema ou gerará grandes debates entre cinéfilos e público em geral, mas isso não significa que não mereça alguma atenção.

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