Crítica | Mussum, o Filmis


Título: Mussum, o Filmis

 Direção: Sílvio Guindane

 Elenco: Aílton Graça, Neusa Borges, Yuri Marçal, Gero Camilo, Carol Protásio e grande elenco.

 Gênero: Cinebiografia

Notinha: 4/5

SINOPSE

A trajetória de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, dos Trapalhões. A infância pobre, a carreira militar, a relação com a Mangueira e o sucesso com o grupo Originais do Samba, além dos bastidores como integrante dos Trapalhões.

    

                           Crítica

Chega aos cinemas brasileiros o filme que na sua passagem pelo Festival de Cinema de Gramado em agosto deste ano levou seis Kikitos – prêmio máximo do evento –, incluindo o de “Melhor Filme pelo Júri Popular” e “Melhor Ator” para Aílton Graça, já chega então bastante aclamado.

É um obra que diverte e emociona aos nos contar a história por trás do divertidíssimo Mussum interpretado muitíssimo bem em suas três fases por três bons atores( Tawan Lucas na infância, Yuri Marçal na fase jovem e Aílton Graça na maturidade) o filme acerta ao tentar capturar os momentos mais importantes da trajetória do icônico humorista brasileiro e os desafios que precisou enfrentar para conquistar o seu lugar. O que me chamou a atenção positivamente também foi o equilíbrio do roteiro em nos entregar momentos realmente cômicos e bobinhos para nos acabarmos de rir e os de emoção e tristeza. Eu elegeria uma cena belíssima e singela que me tocou bastante entre o pequeno Carlinhos e sua mãe quando ele começa a estudar num colégio interno e como esse acesso tem consequência positivas para toda a família. De uma forma sutil talvez essa passagem esteja nos relembrando que os jovens pobres e pretos quando podem estudar com apoio familiar se transformam em chamas de esperança de toda uma comunidade, lembra que as conquistas dessa população são sempre coletivas. Me surpreendi também com a relação tão íntima e afetuoso que o Mussum desenvolve desde novinho com o samba carioca, característica que vai acompanhá-lo por toda a vida e a televisão vai acontecer de uma maneira despretensiosa, como uma outra fonte de renda para alguém que não parecia acreditar (ao menos não no início) que levava muito jeito para a coisa, adorei saber como aconteceu esse nome artístico e o significado engraçado que ele tem. Outro ponto alto é a relação do humorista com sua mãe, achei muito sensível e poderoso ter sido retratado da maneira que foi, todos os atores em todas as fases fizeram um excelente trabalho!

Temos um bom vislumbre de como era feito televisão a algumas décadas atrás, que lugar ocupava o humor a audiência e é curioso pensar como estamos com tudo isso nos dias atuais, praticamente nada mais é como antes mas ainda buscamos referências que nos arranquem risos contando para gente piadas ou fazendo observações sobre coisas do dia a dia.

O filme agrada demais a quem está buscando entretenimento com qualidade nacional, um ponto que deixa a desejar eu diria que é justamente algumas decisões sobre a passagem do tempo, pois em alguns momentos me pareceram apressadas como se tivesse faltando mais um pouco do que anteriormente estava sendo exibido mas entendo que são decisões estratégica de direcionamento artístico, no mais estão todos muito bem, todo o elenco está afinadíssimo, temos algumas cantoras brasileiras também muito aclamadas que conviveram com o Mussum sendo muito bem interpretadas.

O filme tem tudo para conquistar as plateias desse país!

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