Aquaman 2 - Reino Perdido | Crítica


Título: Aquaman 2 - Reino Perdido (2023)

Direção: James Wan

Elenco: Jason Momoa, Patrick Wilson, Amber Heard, Nicole Kidman, Yahya Abdul-Mateen II)

Gênero: Herói, Aventura, Ação 

Classificação: 3/5

Sinopse: Um antigo poder é libertado e o herói Aquaman precisa fazer um perigoso acordo com um aliado improvável para proteger Atlântida e o mundo de uma devastação irreversível.


                                                                                      Crítica

Aquaman 2 - Reino Perdido chega aos cinemas com duas missões bem difíceis. Se igualar a seu antecessor, também conhecido como o longa mais rentável do DCEU, e finalizar bem o universo atual da DC nos cinemas, num ano extremamente complicado para filme de heróis. A verdade é que saber se a tarefa foi bem sucedida não é uma resposta tão simples.

Aqui temos um Arthur (Jason Momoa) cansado, exercendo uma função que é bem diferente da que ele imaginou e se dividindo entre ser um bom rei, um bom marido e bom Pai, enquanto lida com o retorno de um inimigo de longa data.

Vamos começar tirando o elefante. Mera teve seu papel reduzido? A verdade é: não dá pra saber. Não parece que foi reduzido pelo medo da Warner sobre a reação do público com as polêmicas e controvérsias relacionadas a Amber Heard. É mais provável que o real motivo pelo qual a personagem aparece menos é... Ser poderosa demais. James Wan, diretor do longa, tenta beber da fonte do primeiro filme ao fazer Aquaman 2 ser mais aventuresco, mas para que o enredo evoluía, nesse caso específico, não seria viável ter alguém superior a Arthur nessa jornada. Parece confuso, mas trocar a parceria de Mera fez sentido pra trama.

Desde o primeiro filme Arthur se mostra como alguem despreparado para algumas adversidades. Mas em Aquaman(2018) ele era apenas um estrangeiro que precisava ser guiado - e salvo - por Mera. Agora, a única desculpa para a ignorância do Rei é o tédio. O grande problema do roteiro é que se Mera estivesse presente o tempo inteiro, o longa se tornaria um curta de 20 minutos e James e sabe disso. A solução foi que a mesma tivesse aqui um único objetivo: "humanizar" Arthur.

Ela é a regente preparada, enquanto ele cochila - ou vai à missões, ou está na superfície. Ela é uma mãe presente, embora o filme não explique os motivos de Arthur Jr estar sempre na superfície, mas o mais importante,  é ela que o resgata sempre que possível, já que, tirando o embate corpo a corpo, ela também é uma guerreira melhor e com um poder muito mais útil em combate do que a comunicação com animais.  Então, pra que essa aventura desse certo, era necessário trazer outro elemento, outro parceiro e é aí que Orm (Patrick Wilson) entra.

O irmão traidor é a chave para o Rei dos sete mares derrotar Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II). Orm é centrado e preparado. Arthur é impulsivo, do improviso, da piada inapropriada e assim, através das diferenças, pontes são construidas. Temos um filme cujo centro é irmadade. Mas o roteiro faz escolhas rasas demais para um enredo cujo vilão é tão memorável quanto um peso de papel. Sim, o Arraia Negra quer vingança - de novo - e a história por trás do que o faz acreditar que dessa vez dará certo é extraordinariamente banal e esquecível, como ele, e talvez pela falta de outro vilão mais interessante, essa sequência é relativamente inferior a sua antecessora.

Ainda que hajam deslizes na sua estrutura e um mal gerenciamento de alguns personagens (Nicole Kidman como Atlanna é o exemplo mais claro), Aquaman 2 - Reino Perdido é visualmente belo, tem boas cenas de ação e é a pedida perfeita para aqueles que desejam ir no cinema se divertir com a família. Não se iguala ao primeiro longa, mas também não se leva a sério demais. É uma boa finalização para o universo criado pela DC. Agora só nos resta aguardar pra saber o que vem por aí.

Boa sessão para você!

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