Gladiador 2 (2024) | Crítica


Título: Gladiador 2

Direção: Ridley Scott 

Roteiro: David Scapa 

Gênero: Ação, Épico 

Elenco: Paul Mescal, Denzel Washington, Pedro Pascal, Connie Nielsen, Joseph Quinn, Fred Hechinger, Derek Jacobi, Peter Mensah

Classificação: 3.5/5

Sinopse: Lúcius deve entrar no Coliseu após os poderosos imperadores de Roma conquistarem sua terra natal. Com raiva no coração e o futuro do império em jogo, ele olha para o passado para encontrar a força e a honra necessárias.

Está semana chega aos cinemas Gladiador 2, depois de 24 anos da estreia do primeiro, trazendo a ideia de um épico cujas responsabilidades são imensas: dar continuidade ao legado do primeiro longa e ser tão memorável quanto. Mas será que o filme consegue fazer jus ao clássico?

A resposta pode não ser tão simples. Se você assistiu Gladiador (2000) sabe o filme se âncora na estória da Maximus (Russell Crowe), um general que vê sua vida virar de cabeça pra baixo quando o ganancioso Cômodo (Joaquin Phoenix), filho do imperador Marco Aurélio toma decisões inesperadas na busca pelo poder. O desafio de seu sucessor é dar continuidade de forma coerente  e que faça sentido. Aqui, o roteirista David Scapa faz um grande espelhamento dos dois longas. 

Acompanhamos Hano/Lúcius (Paul Mescal), um jovem que vê sua vida virar de cabeça pra baixo quando um general (Pedro Pascal) invade seu país para elevar a soberania de uma Roma comandada por imperadores gêmeos. Premissas muito parecidas, a grande questão é se o filme consegue se sustentar sozinho. A resposta de imediata é... Mais ou menos.

É importante ressaltar que esse filme necessita sim que você tenha visto o primeiro, mesmo que tenha sido a tempos longevos. Ainda que se rememore constantemente o legado de Maximus, primeiramente você precisa saber sobre ele. Sem isso, é muito provável que experienciar esse filme seja um pouco mais cansativo. Apesar da preocupação do roteiro de bater na tecla do quando o personagem era grande, mensurar isso sem ter visto é até possível, mas é uma decisão errada. Dito isso, caso tenha assistido, vai começar a perceber a quantidade inesgotável de paralelos que nem sempre são bem executados.

Temos mais uma vez um general amado pelo povo, ao invés de um, dois imperadores ambiciosos e que emulam os comportamentos de Cômodo. Temos mais um comprador de escravos interessado em gladiadores, aqui interpretado brilhantemente por Denzel Washington e ainda temos uma Lucilla (Connie Nielsen) juntamente com um parlamento que ainda tenta realizar o sonho de Marco Aurélio de uma Roma justa.

Por mais que o roteiro consiga uma justificativa plausível para existir, ele peca em dois elementos muito importantes: sua grande necessidade de existir amparando-se ao primeiro longa e seu protagonista. Isso porque Paul Mescal até tenta, mas Hano não tem a mesma potência ou imponência de Maximus, e mesmo que a intenção do personagem não seja ser como ele, o roteiro conduz para isso, mas falha ao dar motivações confusas e até mesmo rasas ao rapaz que, dependendo de com quem esteja atuando, é completamente engolido pela grandiosidade dos outros coadjuvantes.

Apesar desses pontos, o longa consegue fazer o que se propõe: trazer excelentes cenas de ação como entretenimento e batalhas insanas e que conseguem tirar o fôlego do espectador. Gladiador 2 É um épico que consegue sobreviver sem manchar o legado do que veio antes, traz um excelente respiro para um gênero deixado de lado e que certamente vale a pena ser visto em tela grande.

Força e Honra

Boa sessão para você!

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário