Crítica | Conclave

 

Título original: Conclave

 Diretor: Edward Berger

 Elenco: Ralph Fiennes, Stanley Tucci, John Lithgow, Isabella Rossellini, Sergio Castellito e Carlos Diehz.

 Gênero: Drama; suspense.

 Notinha: 5/5

SINOPSE

O papa está morto e agora é preciso reunir o colégio de cardeais para decidir quem será o novo pontífice. Em Conclave, acompanhamos um dos eventos mais secretos do mundo: a escolha de um novo Papa. Lawrence (Ralph Fiennes), conhecido também como Cardeal Lomeli, é o encarregado de executar essa reunião confidencial após a morte inesperada do amado e atual pontífice. Sem entender o motivo, Lawrence foi escolhido a dedo para conduzir o conclave como última ordem do papa antes de morrer. Assim sendo, os líderes mais poderosos da Igreja Católica vindos do mundo todo se reúnem nos corredores do Vaticano para participar da seleção e deliberar suas opções, cada um com seus próprios interesses. Lawrence, então, acaba no centro de uma conspiração e descobre um segredo do falecido pontífice que pode abalar os próprios alicerces da Igreja. Em jogo, estão não só a fé, mas os próprios alicerces da instituição diante de uma série de reviravoltas que tomam conta dessa assembleia sigilosa.

CRÍTICA    

 Sabe quando você lê o resumo de uma história e lhe parece incrível de tão interessante? Pois então, quando fiquei sabendo da  história desse filme fiquei fascinada gratuitamente, cheia de expectativas aí chegou o trailer para coroar minha adoração, tudo antes de conferir de fato a obra. Podemos dizer que eu quando fui assistir em primeira mão essa estreia eu tinha um sonho numa mão e expetativas na outra e fui! Haha Que felizmente foram mais do que correspondidas!!!

Bendito seja esse roteiro: ácido, brilhante & inteligente que entrega exatamente o que muitos outros apenas sonharam, ao mesmo tempo em que entretém confunde e faz refletir bastante, o que eu poderia pedir? Pois as atuações fazem jus ao melhor roteiro do ano (Globo de Ouro 2025) onde todos os personagens são igualmente interessantes e misteriosos numa convivência forçada, desconfortável e cheia de reviravoltas.

Ralph Fiennes está muito bom na pele do cardeal Lawrence que se vê as voltas com a incumbência de presidir esse evento secretíssimo, onde os mistérios sobre ele e os demais não ficarão por muito mais tempo em segredo o que muda completamente os rumos da votação e com isso e eleição em si, ao passo que a trama se desenrola o público vai entendendo mais primeiro sobre os ritos em si, é tudo tão cheio de simbologias e meias palavras que assistir nos coloca numa posição de profunda atenção como se estivéssemos a desvelar algo por muito tempo escondido. Outro ponto importantíssimo nessa película é a magistral trilha sonora, que surpreende pelas escolhas ao mesmo tempo em que dá o tom de cada cena, não nos deixa relaxar e tirar os olhos da tela, me manteve fixada no que estava se passando nas histórias criando um clima de fascínio, admiração e surpresas!

Daqueles tão bons que a gente fica feliz em estarem cotados nas premiações e apostaria que vai levar indicações e faturar uns Oscars nesse ano, porque ele traz em si uma coragem e lançar luz a uma das instituições mais antigas da humanidades tal qual ela é e sempre foi: um império poderoso mais preocupado em expandir, dominar e lucrar do que com outras coisas, independente dos discursos oficiais. Tem grande diálogos, como eu falei é corajoso em dizer algumas coisas que para muitos parece óbvia mas o óbvio também precisa ser dito, em especial em tempos de disseminação de notícias falsas e suas respetivas agendas ideológicas. Não esqueçamos jamais, toda decisão é um ato político especialmente quando se trata de uma criação.

Brava decisão!

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