Título: Os Roses: Até que a Morte os Separe
Elenco:Olivia Colman, Benedict Cumberbatch, Andy Samberg, Allison
Janney, Kate McKinnon, Sunita Mani, Ncuti Gatwa
Direção: Jay Roach
Roteiro: Tony McNamara
Gênero: Comédia, Dramédia
Classificação:5/5
Resenha
Esta semana chega aos cinemas um filme cujo gênero está cada vez mais
escasso no atual cenário cinematográfico. Os Roses: Até que a Morte os
Separe é uma comédia ácida com uma premissa muito simples: Ivy (Olivia
Colman) e Theo (Benedict Cumberbatch) são o casal perfeito, com uma sintonia de
causa inveja e em perfeita harmonia, até que um evento inusitado traz a
derrocada de um e a ascensão do outro. E é exatamente aí que as coisas começam
a desandar.
Surgindo como uma segunda adaptação do livro A guerra dos
Roses (1981) de Warren Adler, o longa se diferencia um pouco da versão de 1989,
dirigida por Danny DeVito. Aqui há uma roupagem mais leve e com dilemas um
pouco mais condizentes com a época em que vivemos. Para isso dar certo era
necessário não só um roteiro afiado, mas também um elenco primoroso e o que Ray
Roach (diretor do filme) e Tony McNamara (roteirista) conseguiram fazer nesse
longa beiram a perfeição.
Primeiro ao escolher Olivia e Benedict como Ivy e Theo e nos
presentear com uma parceria que parece de longa data, mas, surpreendentemente,
é inédita. Essa é a primeira vez que ambos trabalham juntos e isso soa tão...
errado. Isso porque a química é tão natural e inerente aos dois que é
impossível não sentir empatia e torcer pelo casal fadado a um fracasso
retumbante. Mas não são apenas os protagonistas que chamam atenção aqui. Todos
os coadjuvantes, em maior e menor escala, abrilhantam o longa tornando-o memorável.
Entretanto, o trabalho desses atores não poderia ter o peso que tem se o
roteiro fosse medíocre. E ele está muito distante disso.
Diferentemente da versão de 1989, este não é um filme sobre
um divórcio autodestrutivo. Este é um
filme sobre casamento. Tony McNamara conseguiu construir uma relação que é única
e invejável, mas que acaba caindo em todas as armadilhas comuns e de fácil identificação,
o claramente que levaria a inúmeros debates sobre o exato momento em que as
coisas deram errado. Tudo isso regado a exageros crescentes, que nos levam do
riso ao choque absoluto e que transformam Ivy e Theo de casal do ano a Sr. E Sra.
Smith.
Os Roses: Até que a Morte os Separe é exatamente o
que se propõe a ser: o entretenimento na medida certa para os amantes de uma
comédia inteligente. Não inventa a roda, mas atualiza muito bem os dilemas do
casal moderno e de quebra nos agracia com um roteiro ágil, diálogos
inerentemente acres, atuações impecáveis, com um timing perfeito e humor essencialmente britânico. Uma versão
deliciosa de um clássico literário.
Boa Sessão para você!!!










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