Perrengue Fashion (2025) | Crítica


Título: Perrengue Fashion

Direção: Flávia Lacerda

Roteiro: Ingrid Guimarães, Célio Porto, Marcelo Saback

Elenco: Ingrid Guimarães, Rafael Chalub, Felipe Braçança, Kesia Estácio, Jonas Bloch, Michel Noher

Classificação:3/5

Gênero: Comédia, Nacional

Sinopse: Paula Pratta, uma influenciadora de moda, é convidada para uma campanha de Dia das Mães. Seu filho decide abandonar tudo pelo ativismo ambiental na Amazônia. Paula vai atrás dele, enfrentando uma realidade oposta à sua. Nessa jornada inesperada, ela é forçada a questionar seus valores, a relação com o filho e suas prioridades, descobrindo um novo mundo na floresta.

                                                  Resenha

    Esta semana estreia uma comédia nacional com uma veterana do gênero, Ingrid Guimarães. Aqui ela dá vida a Paula Pratta, uma mulher 50+ que ainda está tentando seu lugar ao sol no mundo digital e que tem a oportunidade de fazer uma campanha de dia das mães para uma marca renomada, que daria a ela a oportunidade de mudar de vida . Só tem um único problema: ela precisa da participação de seu filho e este... bem, digamos que ele não está muito acessível. E é com essa premissa que embarcamos na sua jornada e é possível dizer que o filme funciona.

    A grande sustentação desse longa se dá através da parceria de Ingrid e Rafael Chalub como o fiel escudeiro/ assistente Taylor. Tudo entre eles soa cômico e organicamente palatável. É Taylor quem ajuda Paula a se inserir nas tendências, ajuda com tecnologia, opina as ideias e apoia seus planos. A diferença geracional é o que torna tudo ainda mais singular, já que é justamente a disparidade de idades, pensamentos e experiencias que os une. Tudo parece tão inato a eles que quando o resto não funciona, o desequilíbrio não soa desastroso.

    Enquanto ambos transbordam sintonia, o resto do elenco parece engessado, com um roteiro cujas falas parecem não naturais, principalmente quando um enfadonho Felipe Bragança – aqui interpretando Cadu, o filho ativista de Paula – difícil de simpatizar, traz pautas que parecem esvaziadas até um certo período do longa. É muito comum o pensamento de que Cadu é chato, de difícil acesso e birrento em determinados momentos que facilmente seriam resolvidos com uma conversa.

    Há também uma tentativa de conscientização e mensagem de preservação um pouco desajustada, mas valida para nossos dias, feita de modo cônscio, mas nem sempre assertiva. Mas nem tudo está perdido.

    Apesar desses detalhes Perrengue Fashion é um filme que faz exatamente aquilo que se propõe. Com uma ambientação de tirar o folego, nos mostra a beleza da nossa cultura nortenha, muitas vezes negligenciada por uma única questão, a geolocalização. O longa consegue ser leve, engraçado e politizado. E se estiver procurando uma comédia para desopilar o peso da realidade, o meu conselho é: confie em Ingrid Guimarães.

Boa Sessão para você!

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