Crítica | Minha Mãe é uma Peça 2 – O Filme


Título : Minha mãe é uma peça 2
Direção :César Rodrigues
Roteiro: Fil Braz , Paulo Gustavo
Elenco:Paulo Gustavo , Mariana Xavier , Rodrigo Pandolfo ,Alexandra Richter , Herson Capri
Sinopse: Dona Hermínia (Paulo Gustavo) está de volta, desta vez rica, pois passou a apresentar um bem-sucedido programa de TV. Porém, a personagem superprotetora vai ter que lidar com o ninho vazio, afinal Juliano (Rodrigo Pandolfo) e Marcelina (Mariana Xavier) resolvem criar asas e sair de casa. Para balancear, Garib (Bruno Bebianno), o primogênito, chega com o neto. E ela também vai receber uma longa visitinha da irmã Lucia Helena (Patricya Travassos), a ovelha negra da família, que mora há anos em Nova York.


                        Resenha



Paulo Gustavo está de volta com seu personagem mais conhecido, Dona Hermínia, uma caricatura da sua própria mãe. O primeiro filme fez um sucesso estrondoso no final de 2013 e aqui ele tenta dar continuidade às peripécias da (ex) dona de casa e agora apresentadora de um programa de tv cujo tema sempre gira em torno do que é ser mãe e o que esse papel acarreta. Apesar dessa mudança em sua vida Hermínia agora tem que lida com seu maior pesadelo: seus filhos cresceram.

Paulo Gustavo tenta fazer uma nova homenagem as mães, mostrando (entre um absurdo e outro) como é difícil para uma mãe lidar com a ideia de que não é tão necessária assim. Por mais difícil que seja a rotina diária de cuidar dos filhos, a independência deles gera o desconforto da solidão. Para Hermínia, a casa precisa estar barulhenta e, por mais que ela reclame, é assim que se sente bem. Para completar, temos a Hermínia avó, querendo agradar o neto na mesma intensidade que tenta não ceder as suas vontades.

É preciso dizer, o roteiro se esforça, mas é falho. Paulo Gustavo e Fil Braz tinham a intenção de mostrar muito mais do que a Hermínia mãe, que vive apenas em função dos filhos, dando uma vertente um pouco diferente do primeiro filme. Acabaram escolhendo mostrá-la lidando  com outras situações, tomando conta de sua querida tia Zélia (vivida novamente por Suely Franco), conversando muito mais com sua irmã Iesa (Alexandra Richter), se relacionando com sua irmã mais velha que vive em Nova York, Lúcia Helena (vivida por Patricya Travassos) ou vivendo breves momentos de ciúme com Carlos Alberto (Herson Capri). Tem cenas com uma grande carga emocional que tira o filme da vertente “comédia rasgada”, mas por melhor que tenham sido as tentativas de tornar o filme mais abrangente, o melhor do filme continua sendo uma pessoa: Paulo Gustavo.

Não há nenhum outro personagem ou situação que seja naturalmente cômico quanto ele (uma rara exceção é Waldéia, vivida por Samantha Schmutz). Por mais que haja um esforço em gerar riso com algumas cenas em que Hermínia não participa, isso simplesmente não funciona, o máximo que se consegue tirar é um riso curto. É Paulo Gustavo que faz o filme andar pra frente, é ele que tira a gargalhada generosa da plateia, o resto está presente só como coadjuvante apenas.


Minha Mãe é uma Peça 2 é um filme para assistir e dar muitas risadas, mas com tantos furos no roteiro (como por exemplo o filho único de Iesa, que morreu no primeiro filme, é citado aqui) o filme é apenas um filme para se divertir e nada mais. Há participações especiais como Fátima Bernardes, Thales Bretas (Marido de Paulo) e Dona Déa Lúcia nas cenas extras, abrilhantando a comédia que cumpre seu papel mas podia ser bem melhor.

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2 comentários:

  1. Na verdade no primeiro filme a dona Herminia no churrasco pergunta para a Iesa se ela está preparando o prato para o João e ela diz que é para o André. E agora no segundo filme a dona Herminia fala do João, pois quem morreu no primeiro filme foi o André. Mas ambos são citados no primeiro filme, apesar de só aparecer o André.

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  2. Sinceramente me diverti muito, não percebi falhas ou desvios, apenas me diverti a valer.

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