Título: Orgulho e Preconceito
Editora: Landmark
Autor: Jane Austen
Número de páginas: 400 (edição bilíngue)
Classificação:
Sinopse:
O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet (Lizzy) e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra rural do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma delas casadas, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima da casa dos Bennet, a Sra. Bennet vê nele um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o Sr. Bingley é visto com bons olhos por todos, o Sr. Darcy, por seu jeito frio, é mal falado. Lizzy, em particular, desgosta imensamente dele, por ele ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira. Mesmo com uma má primeira impressão, Darcy realmente se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, mostrando também, desse modo, a sociedade do final do século XVIII.Considerado a obra prima de Jane Austen, 'Orgulho e Preconceito' ganhou diversas versões para o cinema e televisão, a mais recente em 2005, com interpretações de Keira Knightley e Matthew Macfadyen nos papéis principais.
Resenha
Que eu tenho uma grande dificuldade
em me identificar com personagens
femininas sempre ficou muito claro para mim desde a infância, porém depois de
ler a quantidade de livros que eu já li, consegui reunir um seleto grupo de
‘amigas literárias’ pelas quais tenho um carinho especial.
Uma delas é a Lisbeth
Salander, de quem eu falei um pouco na semana passada e que você pode conhecer
aqui, e outra, de quem eu falarei hoje é Elizabeth Bennet. Pra vocês terem uma
ideia do quanto eu amo a Lizzy saibam que nem mesmo o fato de haver mais 3
resenhas de Orgulho e Preconceito no blog me desmotivou.
Elizabeth Bennet é uma garota esperta, que compreende as
intenções e as artimanhas das pessoas ao seu redor, mas encontra nisso motivo
de riso e não de ressentimento. Exceto quando se trata de sua família, então
nós temos alguém que percebe e se mortifica pelos defeitos dos pais e das
irmãs, mas sofre por eles e procura defendê-los da melhor maneira possível.
Lizzy se diverte
com as pequenas incongruências da vida e as contradições das pessoas com quem convive:
ri das ‘loucuras e bobagens, caprichos e incongruências’ alheias com uma
naturalidade despretensiosa e autêntica.
Mr. Darcy por sua vez se encontra no extremo oposto dessa
naturalidade. Todo feito de uma polidez distante e altiva, fria e arrogante,
rapidamente conquista a antipatia de toda (fictícia) Meryton, no condado de Hertfordshire.
Com sua dignidade orgulhosa,
Darcy despreza principalmente a inconveniente Mrs. Bennet, mãe de Lizzy, e a irmãs,
Kitty e Lidia, duas desmioladas que passam o tempo todo perseguindo rapazes, mas
ainda que resista não consegue evitar se apaixonar por Elizabeth, uma moça sem
fortuna, sem ligações sociais e sem uma origem nobre.
Elizabeth consegue balançar as
estruturas de Darcy, fazendo com que ele repense alguns conceitos e procure
agir de maneira diferente em alguns pontos. Nossa Lizzie, por sua vez, percebe
que nem sempre as primeiras impressões são verdadeiras e que as pessoas podem surpreender
de formas (muito) inesperadas.
Orgulho e Preconceito é uma
história adorável, romântica e acima de tudo, inspiradora. É um livro que, se
você ler pela vigésima oitava vez (!!), continuará percebendo coisas novas, nuances
que escaparam nas leituras anteriores. Eu ainda não cheguei na vigésima oitava
mas quando chegar podem deixar que eu aviso!
Até a próxima semana!!
Daiane Schmechel
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