Canal: AMC;
País: EUA;
Status: 4ª temporada;
Episódios: 10;
Duração: 40-55 minutos;
Gênero: Ação, Terror e Comédia;
Produzida por: Seth Rogen, Evan Goldberg;
Elenco principal: Dominic Cooper, Ruth Negga, Joseph Gilgun,
Betty Buckley,
Colin Cunningham,
Jeremy Childs
e Pip Torrens;
Classificação: ;
SINOPSE
O trio Jesse, Tulip e Cassidy vão juntos impedir o fim do mundo?
Esse foi o último ano da série e ao mesmo tempo que me bateu uma angústia em saber que uma das minhas séries favoritas estava chegando ao fim (até que muito cedo), foi um alívio saber que acabou de modo tão bem escrito. Quer dizer, não foi nada genial, mas foi um final sensato para os padrões de Preacher.
Vamos lá, por onde eu começo...
É tanta coisa que aconteceu em apenas 10 episódios que vou tentar citar aqui, pontos que achei cruciais pro desenvolvimento final da série. Assim como vimos no fim da terceira temporada e como "previ" na resenha do ano passado, era de se esperar que Jesse Custer (Dominic Cooper) e Tulip O´Hare (Ruth Negga), fossem atrás de Cassidy (Joseph Gilgun) pra resgatá-lo. A boa verdade é que Jesse só foi até Mesada pra satisfazer o desejo da Tulip, já que ele ainda guarda ressentimentos por saber que o vampiro é apaixonado por sua namorada. Assim como Cass guarda ressentimentos pelo modo como o padre o tratou anteriormente na fazenda.
Logo no primeiro episódio, isso se torna mais claro quando Jesse ao resgatar Cass, demonstrando pura irrelevância com o vampiro e deixa bem claro que só estava fazendo aquilo por causa da Tulip. Como bem observado por Cass, Jesse queria se sair de herói pra ela. Por isso que Cass prefere não ser resgatado por ele e continua ali em Masada, sendo torturado, dia após dia. "Orgulho irlandês", ele justifica. É daí, dessa atitude, que ao mesmo tempo que descobrimos quem realmente é Cassidy, percebemos que Jess entendeu o amor de Cass por Tulip. E é por isso que Jesse se afasta dos dois e sai em sua jornada sozinho atrás de Deus, além de como ele declara mais tarde para o anjo Fiori, ele se afastou pois sentiu uma forte tentação em matar as duas pessoas que ele mais ama: Tulip e Cass.
Os três primeiros episódios foram essenciais pra construir valores e resolver problemas: mostrar até onde Cass iria por seu amor a Tulip, assim como sua história de origem que define quem ele é hoje, seja como vampiro ou como pessoa. Constrói em Jesse, um personagem mais completo - parte devido a temporada anterior que trabalhou sua jornada muito bem. Sendo assim, Jesse mesmo ainda sendo o cara que quer se encontrar com Deus, agora ele tem um passado que dá mais valor a sua busca por respostas. Em partes por entender toda a sua jornada e em outras por já estarmos aflitos com todo os outros conflitos em volta.
É perceptível como todos os personagens apresentados desde o começo da série, de certa forma evoluem de várias maneiras e Jesse, continua sendo o mesmo cara. Na verdade, todas as suas escolhas acabam afetando todos a sua volta - seja por fazer parte de planos divinos ou por suas ações serem tão focadas em um objetivo, que todas as pessoas valem o risco.
O Fim do Mundo
Como eu esperava, o dia do Juízo Final não aconteceu. Mas todo o teatro feito em torno disso é que valeu a justificativa de psicopatia (?) do Todo Poderoso. Não só dele, mas Starr sempre um passo a frente, articulou para que os planos de Deus não fossem orquestrados a sua imagem. O que também falhou. Restou para o trio salvar o dia.
Foi dado para cada personagem um fim e prezo muito isso em séries que assisto. Dê ao menos um fim, não precisa ser digno, mas pelo menos um final. Esquecer no roteiro de finalizar personagens, é a coisa mais preguiçosa e desrespeitosa que você fazer com o seu público. Acho uma audácia, séries de mais de 8 temporadas, sei lá, que tão aí com anos de produção, finalizar algo com desdém ou na correria. Preacher, com apenas quatro anos, fechou tudo, concluiu tudo.
Jesse Custer, o padre canalha conseguiu o que queria. Mas pagou não apenas um, mas vários preços por isso e morrer e ir pro Inferno foi um deles. Mas voltou. Sinceramente, quando achei que depois de sair do Inferno, encontrar Deus e perder seu olho porque seu Criador arrancou aos dentes, ele fosse mudar nas atitudes, mas ele continuou o mesmo cara. O mesmo Jesse. O mesmo! A diferença, é que depois de evitar o Apocalipse, colocou o Graal em peso pra procurar Deus de novo e não foi preciso cair na estrada novamente. E quando achou Deus, finalmente fez suas perguntas, depois tirou satisfação sobre o Universo e tudo o mais... Sendo assim, Jesse morre 40 anos depois, em 2065. "Jesus" - como diria o Cass revirando os olhos.
Já Tulip, que personagem! Parece que a cada temporada ela foi ficando cada vez melhor e badass. Tulip teve de certa forma um arco fechado, mas não muito bem aproveitado e fiquei meio triste com isso. Ela evoluiu bastante e isso não significa que ficou diferente, só amadureceu mais ainda. O problema é que a série entrega um mix de sentimentos dela por Cass e deixa pra lá. Em um dos episódios finais, senão me engano no 9, Deus sugere pra Cass que todo o interesse de Tulip nele, foi um poder divino. E ela ainda diz depois pra Cass que ele era seu melhor amigo. Complicado... Tulip ama Jess, não importa quem ou o que ele faça. É um amor de infância como ela cita e depois grita numa Mesada vazia: Até o fim do mundo!
Eugene se torna um rockstar de sucesso, Jesus vai trabalhar numa loja de materiais de construção, Deus ao ficar desolado e vencido por Jesse volta pro Céu e morre sendo impedido pelo Santos dos Assassinos que toma seu trono e quanto a Hitler... Bem esse morreu nas mãos de um judeu. Os caminhos do Céu e do Inferno ficaram em abertos. O fim de Lara Featherstone foi a morte na qual achei de descartada na série, tendo em vista que além de ser interpretada por uma ótima atriz, poderia não ter morrido com um tiro na cabeça por Starr (apesar que é o que ela vem pedindo desde a segunda temporada).
Na resenha da temporada anterior, citei alguns personagens dos quadrinhos que poderiam aparecer nessa temporada e acertei alguns e errei feio outros. Vamos lá!
- Miss Oatlash: não apareceu, mas dizem que ela já apareceu como referência ainda na primeira temporada.
- Franc Toscast (Lachy Hulme): o torturador dos quadrinhos, como previsto devido a fala de Starr no fim da terceira temporada, aparece aqui para torturar Cass de todas as formas possíveis e teve um final tão absurdo quanto.
As reflexões da série e seu fim
Poderia aqui ficar escrevendo sem parar - na verdade já estou - e falando da filosofia da série, etc... Esse não vai ser o ponto. Só quero registrar aqui, caso você tenha lido todas as resenhas, caso você esteja lendo agora, não importa em qual tempo, registrar aqui que a série em seus quatro anos, fez muito mais que muitas em anos e anos de série. Lembre-se, não acho que Preacher é a melhor série do mundo. Mas é uma das poucas que possui sua peculiaridade a serem extrapoladas e preservadas do começo ao fim. É a sua identidade. Os roteiristas e os produtores conseguiram manter isso. E isso ganhou meu respeito. Mesmo não sendo a série mais comentada do mundo, a série mais vista ou que mais foi indicada a prêmios, continua sendo uma ótima série. É uma pena que chegou ao seu final, mas foi digno.
Quanto ao Cassidy,
Sua conclusão, depois de encontrar novos amigos, ser rejeitado por eles e depois reencontrá-los, vemos um amadurecimento em Cass nessa temporada. Ele deixou de ser o cara drogado alívio cômico, pra ser o cara já cansado, mais sério e que só queria se redimir de seu passado. Ou, ao menos viver um amor não correspondido. Pessoas com quem se importar e que de certa forma, o acolhem como uma família, a quem amou, salvou e se sacrificou inúmeras vezes. Mas, ele sempre soube que um dia, os mortais Jesse e Tulip morreriam.
SINOPSE
O trio Jesse, Tulip e Cassidy vão juntos impedir o fim do mundo?
Resenha e análise [Possíveis spoilers]
Esse foi o último ano da série e ao mesmo tempo que me bateu uma angústia em saber que uma das minhas séries favoritas estava chegando ao fim (até que muito cedo), foi um alívio saber que acabou de modo tão bem escrito. Quer dizer, não foi nada genial, mas foi um final sensato para os padrões de Preacher.
Vamos lá, por onde eu começo...
Imagem: AMC |
É tanta coisa que aconteceu em apenas 10 episódios que vou tentar citar aqui, pontos que achei cruciais pro desenvolvimento final da série. Assim como vimos no fim da terceira temporada e como "previ" na resenha do ano passado, era de se esperar que Jesse Custer (Dominic Cooper) e Tulip O´Hare (Ruth Negga), fossem atrás de Cassidy (Joseph Gilgun) pra resgatá-lo. A boa verdade é que Jesse só foi até Mesada pra satisfazer o desejo da Tulip, já que ele ainda guarda ressentimentos por saber que o vampiro é apaixonado por sua namorada. Assim como Cass guarda ressentimentos pelo modo como o padre o tratou anteriormente na fazenda.
Logo no primeiro episódio, isso se torna mais claro quando Jesse ao resgatar Cass, demonstrando pura irrelevância com o vampiro e deixa bem claro que só estava fazendo aquilo por causa da Tulip. Como bem observado por Cass, Jesse queria se sair de herói pra ela. Por isso que Cass prefere não ser resgatado por ele e continua ali em Masada, sendo torturado, dia após dia. "Orgulho irlandês", ele justifica. É daí, dessa atitude, que ao mesmo tempo que descobrimos quem realmente é Cassidy, percebemos que Jess entendeu o amor de Cass por Tulip. E é por isso que Jesse se afasta dos dois e sai em sua jornada sozinho atrás de Deus, além de como ele declara mais tarde para o anjo Fiori, ele se afastou pois sentiu uma forte tentação em matar as duas pessoas que ele mais ama: Tulip e Cass.
Os três primeiros episódios foram essenciais pra construir valores e resolver problemas: mostrar até onde Cass iria por seu amor a Tulip, assim como sua história de origem que define quem ele é hoje, seja como vampiro ou como pessoa. Constrói em Jesse, um personagem mais completo - parte devido a temporada anterior que trabalhou sua jornada muito bem. Sendo assim, Jesse mesmo ainda sendo o cara que quer se encontrar com Deus, agora ele tem um passado que dá mais valor a sua busca por respostas. Em partes por entender toda a sua jornada e em outras por já estarmos aflitos com todo os outros conflitos em volta.
Cassidy. Imagem: AMC |
O Fim do Mundo
Como eu esperava, o dia do Juízo Final não aconteceu. Mas todo o teatro feito em torno disso é que valeu a justificativa de psicopatia (?) do Todo Poderoso. Não só dele, mas Starr sempre um passo a frente, articulou para que os planos de Deus não fossem orquestrados a sua imagem. O que também falhou. Restou para o trio salvar o dia.
Arcos finalizados (SPOILERS DOS PESADOS)
Foi dado para cada personagem um fim e prezo muito isso em séries que assisto. Dê ao menos um fim, não precisa ser digno, mas pelo menos um final. Esquecer no roteiro de finalizar personagens, é a coisa mais preguiçosa e desrespeitosa que você fazer com o seu público. Acho uma audácia, séries de mais de 8 temporadas, sei lá, que tão aí com anos de produção, finalizar algo com desdém ou na correria. Preacher, com apenas quatro anos, fechou tudo, concluiu tudo.
Tulip. Imagem: AMC |
Jesse Custer, o padre canalha conseguiu o que queria. Mas pagou não apenas um, mas vários preços por isso e morrer e ir pro Inferno foi um deles. Mas voltou. Sinceramente, quando achei que depois de sair do Inferno, encontrar Deus e perder seu olho porque seu Criador arrancou aos dentes, ele fosse mudar nas atitudes, mas ele continuou o mesmo cara. O mesmo Jesse. O mesmo! A diferença, é que depois de evitar o Apocalipse, colocou o Graal em peso pra procurar Deus de novo e não foi preciso cair na estrada novamente. E quando achou Deus, finalmente fez suas perguntas, depois tirou satisfação sobre o Universo e tudo o mais... Sendo assim, Jesse morre 40 anos depois, em 2065. "Jesus" - como diria o Cass revirando os olhos.
Já Tulip, que personagem! Parece que a cada temporada ela foi ficando cada vez melhor e badass. Tulip teve de certa forma um arco fechado, mas não muito bem aproveitado e fiquei meio triste com isso. Ela evoluiu bastante e isso não significa que ficou diferente, só amadureceu mais ainda. O problema é que a série entrega um mix de sentimentos dela por Cass e deixa pra lá. Em um dos episódios finais, senão me engano no 9, Deus sugere pra Cass que todo o interesse de Tulip nele, foi um poder divino. E ela ainda diz depois pra Cass que ele era seu melhor amigo. Complicado... Tulip ama Jess, não importa quem ou o que ele faça. É um amor de infância como ela cita e depois grita numa Mesada vazia: Até o fim do mundo!
Dois anos se passaram, ela com sua oficina mecânica vivendo com Jess e agora com uma filha. Finalmente, a filha que Deus havia tirado dela, agora ela teve uma. O que achei bem estranho e desnecessário no episódio, foi como na cena em que Jess e Tulip estão olhando pro bebê, Tulip questiona onde está Cass e se ele ligou. Jess diz que ele está bem, se virando e que disse que sentia a falta dela. Logo depois, Jess repete umas duas vezes: "Nossa ela se parece com você", se referindo a criança. Sei lá, eu senti ali que Preacher quis brincar com a ideia de que a filha de Tulip poderia ser de Cassidy também, e não do Padre.
Cassidy no entanto (suspirei ao escrever essa frase), foi um personagem totalmente diferente do que é construído nos quadrinhos. Mas dele, falarei no fim.
Cassidy no entanto (suspirei ao escrever essa frase), foi um personagem totalmente diferente do que é construído nos quadrinhos. Mas dele, falarei no fim.
Eugene se torna um rockstar de sucesso, Jesus vai trabalhar numa loja de materiais de construção, Deus ao ficar desolado e vencido por Jesse volta pro Céu e morre sendo impedido pelo Santos dos Assassinos que toma seu trono e quanto a Hitler... Bem esse morreu nas mãos de um judeu. Os caminhos do Céu e do Inferno ficaram em abertos. O fim de Lara Featherstone foi a morte na qual achei de descartada na série, tendo em vista que além de ser interpretada por uma ótima atriz, poderia não ter morrido com um tiro na cabeça por Starr (apesar que é o que ela vem pedindo desde a segunda temporada).
Ah é... Starr. Um dos personagens mais nojentos de toda a história, nesta temporada Preacher tenta humanizá-lo para desmascará-lo pro público sempre que possível como um vilão que só seguiu ordens. E é por isso que achei terrível seu final. Starr lá bem de boa, vivendo seus dias de glória. Horrível.
Novos personagens e seus arcos finalizados
Na resenha da temporada anterior, citei alguns personagens dos quadrinhos que poderiam aparecer nessa temporada e acertei alguns e errei feio outros. Vamos lá!
- Jesus DeSade: um dos personagens mais do que polêmicos dos quadrinhos, teve sua aparição mesmo que rápida, mas de certa forma significativa na série. Em um dos episódios em que Jesse está sendo impedido a todo custo por Deus para não concluir seus planos, um dos obstáculos é passar por uma baita de uma briga com degenerados e pervertidos sexuais na mansão DeSade, tudo para salvar uma criança. O cara que atende, ou seja, o de cabelo branco, anfitrião, esse é o Jesus DeSade;
- Amy Grinderbinder: nop, não teve ela na série e se teve, foi alguma referência que não reparei.
Jesus de DeSade: esquerda quadrinhos, direita série |
- Amy Grinderbinder: nop, não teve ela na série e se teve, foi alguma referência que não reparei.
- Miss Oatlash: não apareceu, mas dizem que ela já apareceu como referência ainda na primeira temporada.
- Franc Toscast (Lachy Hulme): o torturador dos quadrinhos, como previsto devido a fala de Starr no fim da terceira temporada, aparece aqui para torturar Cass de todas as formas possíveis e teve um final tão absurdo quanto.
As reflexões da série e seu fim
Poderia aqui ficar escrevendo sem parar - na verdade já estou - e falando da filosofia da série, etc... Esse não vai ser o ponto. Só quero registrar aqui, caso você tenha lido todas as resenhas, caso você esteja lendo agora, não importa em qual tempo, registrar aqui que a série em seus quatro anos, fez muito mais que muitas em anos e anos de série. Lembre-se, não acho que Preacher é a melhor série do mundo. Mas é uma das poucas que possui sua peculiaridade a serem extrapoladas e preservadas do começo ao fim. É a sua identidade. Os roteiristas e os produtores conseguiram manter isso. E isso ganhou meu respeito. Mesmo não sendo a série mais comentada do mundo, a série mais vista ou que mais foi indicada a prêmios, continua sendo uma ótima série. É uma pena que chegou ao seu final, mas foi digno.
Quanto ao Cassidy,
Sua conclusão, depois de encontrar novos amigos, ser rejeitado por eles e depois reencontrá-los, vemos um amadurecimento em Cass nessa temporada. Ele deixou de ser o cara drogado alívio cômico, pra ser o cara já cansado, mais sério e que só queria se redimir de seu passado. Ou, ao menos viver um amor não correspondido. Pessoas com quem se importar e que de certa forma, o acolhem como uma família, a quem amou, salvou e se sacrificou inúmeras vezes. Mas, ele sempre soube que um dia, os mortais Jesse e Tulip morreriam.
Durante quarenta anos longe dos dois, ele volta para o enterro de Jesse (Tulip morreu um ano antes) e conhece a filha de Tulip. Foi uma das cenas mais tristes que já vi em uma série - talvez eu tenha me apegado demais. Ele mostra o quão amava eles, mas que não queria interferir mais na vida do casal. Também deu a entender, que ele só não se entregou para a morte antes, porque se importava com seus amigos e queria estar a disposição deles - ainda mais agora que eles tinham uma filha pra cuidar. Depois de uma vida juntos e de morrerem, e com uma despedida emocionante onde ele conhece a filha de Tulip e ela diz que cresceu ouvindo as histórias sobre o vampiro, Cass se sente aliviado, reconhecido e finalmente pode descansar em paz.
Imagem: AMC |
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