Resenha:Um gato de rua chamado BOB| James Bowen


Título: Um gato de rua chamado BOB
Autor: James Bowen
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 240
 Classificação: ★★★

Sinopse:

Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen vivia nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob (porque tinha acabado de assistir a Twin Peaks).
Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.
Um Gato de Rua Chamado Bob é uma história comovente e edificante que toca o coração de quem a lê.


Um Gato de Rua Chamado Bob - A história da amizade entre um homem e seu gato - James Bowen.

Resenha:

Bem,  logo quando  vi a sinopse do livro fiquei louca por ele. Em novembro eu adotei um gatinho e sou testemunha do bem que esses pequenos animaizinhos são capazes de fazer. Em troca de um lar aconchegante eles nos dão alegria com apenas um ronronar.

É sobre isso que James Bowen fala em seu livro. James era um morador de rua, que estava tentando se recuperar de seu vício das drogas. Seu dia a dia era sair de casa, ir tocar para ganhar suas libras, e retornar ao seu apartamento. Até que ele encontra um gatinho laranja enrolado sobre o capacho de um dos apartamentos. Seu primeiro impulso foi pegá-lo, mas usando a razão, demorou uma semana até chegar à conclusão de que o gatinho não tinha dono e precisava de cuidados.

Já na primeira noite juntos James percebeu o quanto aquele gato poderia dar um toque de encanto a sua rotina.
“Ouvindo seu ronronar suave no escuro, senti-me bem por tê-lo ali. Era uma companhia, eu acho. Não tinha muito disso ultimamente.”
Durante quinze dias ele cuidou das feridas do gato, fez sua castração, ministrou os medicamentos necessários. Crente de que ele era um gato de rua, e por isso não poderia se apegar a ele, havia decidido que assim que o tempo de recuperação passasse ele deixaria Bob livre para ir. Mas o gato demonstrou que ele estava muito enganado, que o laço que os havia unido era muito mais forte do que se pensava. Por mais que James tentasse, lá estava o laranjinha ao final do dia para entrar em casa. Uma semana se passou até que ele se convencesse de que nada iria fazer Bob ir embora.

Bob fez a diferença na vida de James. E ele sintetiza isso em um parágrafo que realmente me fez chorar.
“Não é fácil quando você está trabalhando nas ruas. As pessoas não querem lhe dar uma chance. Antes de eu ter Bob, se tentasse me aproximar das pessoas nos bares com minha guitarra no peito, elas diriam “não, lamento” antes mesmo que eu tivesse a oportunidade de dizer olá...As pessoas não querem ouvir. Tudo o que veem é alguém que elas creem estar tentando se aproveitar delas. Não entendem que estou trabalhando, não estou mendigando...Ter Bob ali comigo me deu a oportunidade de interagir com as pessoas.”
Claro que, vivemos em um mundo complicado para permitir-se aproximar das pessoas, nunca se sabe quem vamos encontrar. Mas essa parte me fez pensar em quantas vezes eu também olhei meio torto para essas pessoas que trabalham nas ruas. Em quantas vezes parei para pensar o porquê delas terem parado ali, por que não escolheram um “trabalho de verdade”. Então vem James e me responde.
“Estava realmente tentando ganhar a vida. Só porque não estava usando um terno e uma gravata e carregava uma pasta ou um computador, só porque não tinha um holerite e os documentos de rescisão de trabalho, não significava que estava vivendo à custa dos outros.”
Ri muito quando ele fala como virou centro das atenções caminhando pelas ruas com Bob em seu pescoço.

“Parecia que eu havia tirado minha capa de invisibilidade de Harry Potter” 
Porém, a frase que mais me tocou foi:

“Ver-me com meu gato suavizou-me aos olhos das pessoas. Ele me humanizou. Especialmente depois de eu ter sido tão desumanizado. De certa forma, ele estava devolvendo minha identidade. Eu tinha sido uma não pessoa; e estava me tornando uma pessoa novamente.”
Você já tinha pensado no quanto viver a margem da sociedade custa psicologicamente a essas pessoas? Esse parágrafo foi como uma facada para mim. Foi como se ele gritasse “ei vocês aí, como ousam se achar melhor que nós só porque fazem algo que consideram tradicional e tiveram oportunidades para tal? Também existimos, temos família, temos sentimentos.”

Enfim, é um livro tocante. Não só por mostrar essa realidade como também por ver que um gato foi capaz de fazer o que muitos seres humanos não são. Dar uma chance, carinho, atenção, companhia. O autor nos mostra de cara limpa, sem apelações, que tudo isso pode mudar uma vida. 

"Éramos nós dois contra o mundo...os dois mosqueteiros" 


"Vamos Bob, cumprimente"
 A leitura é divertida em alguns pontos, com as traquinagens de Bob, as preocupações de James, principalmente para que tem esses bichinhos em suas vidas, não tem como não se identificar. Mas em certos pontos torna-se cansativa. Devo dizer que foi a primeira vez que demorei duas semanas para terminar um livro. Mas vale a pena ler e se emocionar com esse gatinho especial laranjinha de olhos verdes.

Um gato de rua chamado Bob que encontrou e deu um lar à alguém.



Por: Jéssika Malvina
 

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4 comentários:

  1. Comprei esse livro esses tempos mas ainda não pude lê-lo.
    Ele parece tão lindo, e eu sou uma amante eterna de gatos. Creio que eu vá me apaixonar por essa história linda!!

    Beijos,
    Rafa-Eu + Livros
    www.eumaislivros.com.br

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  2. Não gosto de gatos kkkk Mas ele é tão DEMAIS!!!!!! Parece o Garfield (eu sempre digo isso e alguém sempre me contradiz rsrsrs), se tem dois gatos que eu acho que adoro é o Garfield e esse daí! Também tem uma gata siamesa de um filme em que ela e dois cachorros se perdem, mas ela não conta agora. Faz tempo que quero ler esse livro, parece ser ótimo e histórias desse tipo sempre inspiram as pessoas. Acaba que vemos um pouco mais do mundo e isso é incrível!
    Louco para ler os livros com o Bob.

    terradefagulhas.blogspot.com

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  3. Esse livro é super divertido, tenho ele em minha estante õ/
    velho, super curti a rezenha :)

    http://emmanuel-marques.blogspot.com.br/

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  4. Recebi este livro da Novo Conceito, preciso dizer que nao sou muito fa de gatos rsrs Mas este livro parece ser suuuper fofo! Quero muito ler o quanto antes!
    Beijos,
    Dani
    http://chabiscoitoseumlivro.blogspot.com

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