Masters of Sex
série criada por Michelle Ashford
baseada no livro de Thomas
Maier
Indico esta série, pois, resgata elementos de um passado
próximo e nos dá ideia dos tabus vigentes que podemos amplamente comparar com
os tabus atuais. Além disso, fala de sexo e não podemos perder a oportunidade
de saber sobre isso ou, fazer isso. Devia ser como beber água. Tem vontade,
bebe. A série nos fará refletir de como a
coisa não é bem assim.
O trabalho da dupla original – Masters e Johnson - gerou
polêmica. Americanos são melindrosos e se ofendem por qualquer coisa,
principalmente se lhes toca ligações com religião ou postura na sociedade de
líderes vitoriosos. Mas esse trabalho de pesquisa contribuiu para se saber
sobre o funcionamento do corpo humano e suas práticas sexuais, classificando e
tabelando as possibilidades do prazer e conduta sexuais das pessoas normais e
tidas como anormais.
Claro que a série não é didática. É bem feita e tem bela
produção de reconstituição de época, arte de mobília, arte de vestimenta, arte
de locações. Peca em dados históricos, mas, a maioria da população já se
esqueceu que houve a II Guerra, portanto...
Antes de Master e Johnson já havia Kinsey com pesquisas
que rolavam há 20 anos e provavelmente enfatizaram ou mesmo inspiraram os trabalhos
iniciais de Masters.
Como
série americana – eles têm um código de ética - ela tenta proteger autoridades, e, esquece da
mentalidade pós Macartista – de perseguição dos vermelhos e comunistas - dos medos gerais contra o novo e das fobias
pelo diferente. Esquecem que J. Edgard Hoover – o chefe do FBI – era gay. Esquecem
de Kinsey e seu pioneirismo realmente desbravador.
Michael Sheen (Cruzadas, A Rainha como Toni Blair, Frost/Nixon, e para
quem não lê e nem vê cinema de verdade ele é Aro Volturi da saga vampiresca),
este é Masters que difere bastante do Masters original. Mas, o ator é
excelente, como muito bem já se viu.
Os casais
da pesquisa na série defendem o ponto de vista de brancos e belos em ação. Há
poucos negros e a maioria desses poucos é serviçal.
A série
trata de repressão sexual, comportamento reservado, indicando indiretamente que
o comportamento puramente racional leva as pessoas a se tornarem nerds e
inseguras. Certamente terão um bom emprego e bela posição social na vida.
A atriz Lizzy Caplan - Quatro Amigas e Um
Casamento, 127 Horas, Cloverfield, Smallville)
– Jonhson - é apresentada como independente e dona de si.
Tem filhos, é divorciada, uma espécie de liberada mulher do século XXI. Ela
será o link com a atualidade. Será a assistente de Masters. Ela funcionará como
a consciência do médico inseguro. Ela também se perceberá incapaz de ter o
perfil da época, enfrentará restrições da sociedade e será defensora dos direitos da mulher.
Discute-se a situação do homossexual na década de 1950, a situação da mulher na sociedade
machista, a luta contra os estereótipos, a prostituição.
A série passa pelo canal HBO. Vale ver.
Eu assisto e acho super interessante - embora tenha consciente que muita coisa não é historicamente verídica, mas isso é normal em se tratando de obras de ficção.
ResponderExcluirTem sorteio rolando no meu blog, de um kit de makes. Se quiser participar e/ou divulgar, está feito o convite! http://oblogdafenixx.blogspot.com.br/2015/01/sorteando-super-kit-de-makes.html