Resenha: Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente

Título: Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente 
Editora: Globo
Número de Páginas: 300
Classificação: 
Sinopse: 


Indo contra a tendência dos textos curtos e superficiais que são postados nas redes sociais, o coletivo literário Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente (TCD) passou a produzir e compartilhar um conteúdo extenso, profundo e extremamente poético em suas páginas no Facebook e no Instagram. Com seus escritos e ilustrações, eles acabaram atingindo um público muito maior do que o esperado, nos mostrando como, apesar da crescente agilidade que nossa comunicação exige, ainda precisamos de tempo para digerir e entender nossas complexas relações humanas. Para este livro, foram produzidos textos inéditos que ganharam a companhia das sensíveis ilustrações de Anália Moraes.


                                                  Resenha

Inicialmente, os pequenos textos independentes - sem relação intrínseca com os outros textos a não ser, talvez, a temática - sempre se iniciavam nas paginas ímpares, enquanto as paginas pares estavam ocupadas de belas ilustrações de Anália Morais, quando não estavam vazias.

Os textos se assemelham com os textos das redes sociais (que é a ideia proposta pelo coletivo), são curtos, breves, diretos, alguns tem duas ou três linhas. Entretanto, são extremamente intensos. Literalmente, não podem ser lidos rapidamente, alguns requerem alguns minutos de absorção e reflexão.

O livro trata temas como amor, saudade e sua divisão em quatro partes foi uma escolha de como organizar os temas a serem tratados. A própria capa vermelha já induz assuntos que podem ser abordados: amor, paixão, sangue, ardor. 

Por se tratar de temas comumente vividos por boa parte da população, como o rompimento, o abandono, a dor; o leitor é levado a se identificar e sentir que ele mesmo poderia ter escrito aquilo. Em alguns momentos, sentíamos que nos gostaríamos de ter escrito aquilo, porque traduz bem o que sentimos, parecendo até que vivenciamos as mesmas coisas, nós: os leitores e os autores. 

Separado em quatro grandes partes, a segunda por exemplo trata de "a memória é uma pele", a maioria das textos trata da lembrança nostálgica de um relacionamento que acabou, alguns dos textos fazem alusão à pele, enquanto alguns trazem a própria palavra em seus parágrafos. Os textos, supostamente não tem relação um com o outro, apesar de haver nítida semelhança entre o tema, com diferente abordagem, vão tecendo sentimentos fortes que vivenciamos e provamos, em uma leitura rápida, fácil e descontraída. 

Os textos são, definitivamente, cruéis demais para serem lidos rapidamente e é quase impossível não se identificar. Você sofre com as linhas, sente o que está escrito e parece já ter vivido aquilo, parece se tratar de você. Merece ser um livro de cabeceira, para ser folheado e fortemente sentido antes de dormir. 

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