Crítica - Bilhete Para o Paraíso

Título: Bilhete Para o Paraíso (Ticket to Paradise)
Direção: Ol Parker
Roteiro: Ol Parker, Daniel Pipski
Elenco: George Clooney, Julia Roberts, Kaitlyn Dever, Maxime Bouttier, Billie Lourd, Lucas Bravo
Lançamento: 08 de setembro de 2022

Classificação: 2/5

Sinopse: Um casal divorciado se junta e viaja para Bali para impedir que sua filha cometa o mesmo erro que eles acham que cometeram há 25 anos.





                                                                      Crítica

São raras ocasiões em que comédias românticas na veia de “Bilhete Para o Paraíso”, estreladas por atores de lista A, tem algo substancial a dizer. Portanto, não me surpreende a falta de profundidade temática. Ol Parker não é exatamente um diretor brilhante, mas sua incapacidade de tirar uma ou duas risadas de mim é uma grande demonstração de inaptidão, com um filme de premissa tão simples, que permitiria foco dedicado na comédia.

Mesmo as poucas gargalhadas que ouvi na sessão me espantam. Toda piada é construída de forma desajeitada ou constrangedora, as vezes com apelo ilógico para um schadenfreude forçado. Não é um bom script, e seria absurdamente pior se as atuações fossem ruins, não são. O pouco da credulidade que o filme apresenta é graças as boas interpretações, mesmo que o material não tenha inspiração.

Isso é particularmente triste, pois a dupla de atores/produtores George Clooney e Julia Roberts tem um bom histórico e a química deles é, desde sempre, excelente. Afinal, são décadas trabalhando juntos, espera-se que sejam pagos largos dividendos.

Eu não estou pedindo para Parker, Clooney ou Roberts reinventarem a roda, mas existem competências básicas para não tornar um filme como esse em algo tão entediante. O desnecessário uso de splitscreen, a falta de personalidade na edição (de forma que ajudasse na comédia) e as composições desinteressantes são todos fatores desagradáveis.

Em suma, “Bilhete Para o Paraíso” é uma tentativa preguiçosa de retorno as comédias românticas que vimos da década de 2000. Uma espécie de Top Gun Maverick, mas para sua tia divorciada de meia idade, ou invés de seu tio.

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