Crítica | Babilônia

Título Original: Babylon

Direção/Roteiro: Damien Chazelle 

Elenco: Brad Pitt, Margot Robbie, Diego Calva, Tobey Maguire, Olivia Wilde e etc.

Gênero: Drama, comédia

Notinha: 4,5/5

Sinopse: Um conto de ambição descomunal e excesso ultrajante, traça a ascensão e queda de vários personagens durante uma era de decadência desenfreada e depravação no início de Hollywood. 

Classificação indicativa 18 anos. contém violência, drogas, e conteúdo sexual. 


     CRÍTICA

Olá queridos, esse filme não é exatamente fácil de escrever ou falar a respeito exatamente pelos motivos pelos quais não é livre para todos os públicos (e mais!) mas é por isso também que merece demais ser falado, debatido e celebrado!

É o tipo de filme que a gente vê com nossos amigos e colegas fãs apaixonados pela sétima arte, pessoas que realmente se importam com o que acontece nessa máquina insana de fazer sonhos que é Hollywood. Eu por acaso sou uma dessas pessoas, então pra mim apesar de considerar três horas bastante tempo para qualquer filme em geral, não me importei muito porque parecia estar assistindo um sonho insano meu ou alucinação causada por drogas (no melhor e pior sentido, vendo o filme vocês entenderão).

Mas vamos lá, o filme é sobre o que afinal? É sobre a indústria cinematográfica, mas nos anos de ouro como ficou conhecida, lá nas décadas de 20 e 30 quando todo o tipo de comportamento exagerado e excessivo era aceito, não existia limites ou grandes preocupações com comportar-se óbvio que a regra se aplicava apenas para o grupo de privilegiados, ricos, brancos e estrelas mais ou menos como nos dias de hoje como podemos pensar. Temos personagens em momentos distintos de suas carreiras, tentando sobreviver aos tempos, fazendo o que sabem fazer, dar show de excessos enquanto vão a festas extravagantes, trabalham e interagem entre si.

O diretor e roteirista Damien Chazelle (Whiplash -2014 e La La Land- 2016) disse em entrevista recente que teve a ideia desse filme a quatorze anos atrás mas o projeto já era tão ambicioso que ele sabia que não conseguiria apoio sendo um cineasta desconhecido e foi seguindo outros projetos até conseguir sinal verde para realizar o seu maior projeto cinematográfico até o momento. Disse também que esse filme é "uma carta de amor e ódio a Hollywood" e foi exatamente com essa sensação que eu fiquei durante toda a exibição e vocês certamente também ficarão.

É um encontro de caos, música, cinema, sexo, drogas, paixão e mais coisinhas humanas que movem todas as pessoas. Um fato interessante sobre esse filme também é que ele retrata também a transição do cinema mudo para o cinema que conhecemos nos dias de hoje com som e tenta retratar como foi para a indústria e as pessoas que a faziam naquela época como foi, não faço ideia se são todos personagens 100% ficcionais ou tem alguma inspiração em pessoas reais mas foi uma experiência única posso garantir poder passar aquele tempo assistindo aquelas história sendo contada, se desenvolvendo e se entrelaçando enquanto acontecia...É sem dúvidas o tipo de filme que causa fortes reações/emoções no público do início ao fim.

É um filme que nos faz olhar para trás do que era a indústria no seu início e celebrar os cem anos depois ainda estarmos aqui, quero dizer ainda somos fascinados por tudo que ainda nos oferece se tornando uma das mais sólidas e lucrativas do mundo. Me pergunto o que isso diz sobre todos nós, enquanto humanidade.

O elenco é simplesmente incrível, estão todos tão maravilhosos e convincentes em seus papéis que parece foi escrito para eles destaco o trio principal liderado pelo real representante de uma outra era de outro de Hollywood o Brad Pitt, Margot Robbie segue se destacando pela coragem em aceitar papéis não convencionais e entregar atuações viscerais e o novato ou menos conhecido Diego Calva esse trio cada um na sua própria jornada em meio a essa grande festa regada a cocaína e Whisky me cativou e é tudo que direi por hoje. 

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