Crítica | Mufasa: O Rei Leão


Título original: Mufasa: The Lion King

Direção: Barry Jenkins

Elenco: Beyoncé Knowles-Carter, Blue Ivy Carter, Seth Rogen, Kagiso Lediga, Billy Eichner, Lennie James,Donald Glover.

Gênero: Aventura; fantasia

 Notinha: 5/5





SINOPSE

Contará a história de Mufasa e Scar antes de Simba. A trama tem a ajuda de Rafiki, Timão e Pumba, que juntos contam a lenda de Mufasa à jovem filhote de leão Kiara, filha de Simba e Nala. Narrado através de flashbacks, a história apresenta Mufasa como um filhote órfão, perdido e sozinho até que ele conhece um simpático leão chamado Taka – o herdeiro de uma linhagem real. O encontro ao acaso dá início a uma grande jornada de um grupo extraordinário de deslocados em busca de seu destino, além de revelar a ascensão de um dos maiores reis das Terras do Orgulho.

CRÍTICA


Chega aos cinemas de todo mundo uma história inédita do querido e saudoso Mufasa antes da história original O Rei Leão (1994) que não por acaso completou 30 anos neste ano, que forma de celebrar o estúdio do ratinho resolver nos convidar a voltar a savana africana para nos contar como foi a infância e juventude do papai do Simba. Para se tornar um rei justo e pai bondoso podemos pensar que precisou aprender lições importantes durante a vida, mas nada como podíamos imaginar e isso é o mais incrível.

Eu tinha minhas dúvidas sobre esse filme, na verdade sobre a necessidade de mais filmes uma vez que todos já lançados já são tão bons e memoráveis e sou feliz em admitir que estava errada.

Nos primeiros minutos de exibição fica claro que existe alma e investimento além do tradicional $$, investimento afetivo/humano o que logo conseguiu capturar minha atenção e emocionar de verdade.

A direção artística inteira está impecável, li em algum lugar essa semana sobre quais locais reais foram inspirados do continente africano no live action, é ainda raro vermos com tamanha riqueza o continente mãe, berço da humanidade em grandes produções de Holywood, de modo que se possa admirar e inspirar beleza em todos os sentidos. Rei leão é uma franquia tão importante por isso também, marcou a minha infância e de muitas outras crianças a redor do globo com uma história emocionante, complexa e muito humana inspirada em uma das conhecidas do mundo : Hamlet, e os roteiristas nunca esconderam a inspiração na Peça de Shakespeare.

É uma obra especial, mais bem escrita e dirigida do que O rei leão (2019) live action, nesse aqui tem tantos novos personagens, novas interações e acontecimentos que realmente cativam e encantam, porque é um universo que evoca afeição, amorosidade, sabedoria, família e crescimento pessoal elementos que andam em falta nos dias de hoje, não acham? Tem elementos de metalinguagem que pegando completamente de surpresa em como o roteiro fala diretamente com seu público, algo pouco comum na Disney.

Me senti levemente incomodada pela dublagem de alguma forma na minha humildade opinião e ouvidos não traduzir a grandeza dos personagens o tempo inteiro, mas preciso rever com a dublagem original também para confirmar minhas suspeitas. Mas nada que comprometa a grande história que nos apresenta.

É um presentão de final de ano ir ao cinema e reencontrar personagens queridos de toda uma vida, se apaixonar por novos e enquanto alguém que já cresceu saber que lembrar quem se é sempre vai ser um dos melhores conselhos de um pai amoroso pode dar a sua cria.

Rei leão mantém seu legado grandioso, rico de referências bebendo da fonte da sabedoria ancestral africana, é muito lindo saber que tem tantas mãos, olhos, vozes e corpos como um todo negros dando voz (literalmente) e por trás dele, pois a direção do talentosíssimo Barry Jenkins (Moonlight) foi primordial para um trabalho final tão poético, iluminado e emocional! Mais um acerto da Disney.


Boa sessão!

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