RESENHA: A MAIS PURA VERDADE | DAN GEMEINHART


Título: A Mais Pura Verdade
Autor: Dan Gemeinhart
Editora: Novo Conceito
Gênero: Drama \ Jovem Adulto
Número de páginas:
 224
Classificação: 
★ ★  

– Sinopse –

Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mas, em certo sentido um sentido muito importante , Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier.Nem que seja a última coisa que ele faça. A Mais Pura Verdade é uma história preciosa e surpreendente sobre grandes questões, pequenos momentos e uma jornada inacreditável.


– Resenha –

'A Mais Pura Verdade' é um livro de jornada, nos convida a acompanhar o protagonista em sua viagem até que ele alcance seu objetivo ou não. O personagem principal, Mark, foi acometido por uma doença terminal, o câncer, para variar. Ele e seu totó, Beau, fogem de casa para cumprir uma promessa feita ao seu avô no leito de morte. Menino e cachorro terão que subir até o topo do Monte Rainier.

O livro é composto por capítulos alternados. Um é narrado em primeira pessoa pelo próprio Mark, descrevendo sua viagem; o segundo, é narrado em terceira pessoa, contando a angústia vivenciada pelos pais de Mark e sua melhor amiga, Jessie. Jessie é a única que sabe para onde Mark foi, porém mantém isso em segredo.

As atitudes do Mark me incomodaram bastante durante a leitura, ele se mostrou um garoto frio e egoísta praticamente o tempo todo. Vários personagens tentam ajudá-lo e ele age com ingratidão e agressividade. Além de não dar a menor importância para o sofrimento dos seus entes queridos. Mark usa a própria doença para justificar sua ausência e legitimar os motivos de sua viagem.

"Eles chorariam quando eu partisse, mas era eu quem partiria. Eles teriam todos os amanhãs do mundo para se sentirem melhor". 

Mark se lança numa jornada suicida, consciente de seu próprio fim. O garoto conta com a cumplicidade de Jessie, que mesmo presenciando todo o sofrimento dos pais do garoto, deve manter todo o plano em segredo. A garota apresenta uma certeza descomunal de que a fidelidade à Mark é mais importante que livrar à todos daquela preocupação. Jessie acompanha no noticiário a chegada de uma tempestade, ela sabe que a ida ao monte é uma viagem sem volta.

"Jess havia guardado meu segredo. E daí? Ela tinha que guardar o segredo de onde eu ia morrer - mas era eu que teria que passar pela morte".

Confesso que em vários momentos tentei relevar as atitudes do garoto, levando em consideração sua revolta diante do tratamento do câncer e a imaturidade própria da idade. Porém não consegui, o egoísmo do personagem é irritante. 

"Eles sentiriam minha falta. Mas ficariam vivos para sentir minha falta. Eles continuariam a viver".

O livro apresenta uma boa diagramação, a leitura é muito fácil, lê-se em um dia. Chamo atenção para Beau, o cachorro, que na minha opinião, é o personagem que salva toda história. 

Boa Leitura!!!












Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário