Título : Um dia
Autor : David Nicholls
Editora : Intrínseca
Número de páginas : 411
Classificação : 

Sinopse:
Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em
1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade,
deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não
conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas
isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém,
incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela
primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos
vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano,
todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas,
esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro
significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a
essência do amor e da própria vida.
Resenha
“Um dia” conta a história de Emma Mayhew e
Dexter Morley, que puderam se conhecer de fato em 1988, dia da formatura da
faculdade. Eles passam um dia juntos, no qual eles podem conhecer um pouco mais
sobre o outro. Emma é uma típica nerd com complexo de inferioridade em relação
a sua real beleza e Dex é um galanteador interessado em fama e em mulheres que
juntos compartilham as perspectivas de futuro, mas sabem que quando este dia
chegar ao fim, tudo o que viveram também se acabará e ficará somente nas
lembranças. Cada capítulo do livro acontece no dia 15 de julho com anos
pregressivos, a história acaba de ser contada em julho de 2007, depois de 20
anos do primeiro encontro.
Eu admito que fui fisgado no primeiro
diálogo. Os dois deitados na cama, curtindo um pós-sexo e discutindo sobre o
futuro. Um diálogo rápido, divertido e que apresenta os personagens principais
da maneira mais fluida possível. Mostra em que eles acreditam e o que será
visto no futuro.
E então o capítulo acaba. No capítulo dois já
nos encontramos um ano depois do primeiro encontro. É então que o mérito do
livro começa a aparecer. David Nicholls acertou em cheio nas diversas formas de
mostrar essa passagem do tempo.
A primeira coisa importante é que em nenhum
momento você fica se perguntando o que aconteceu com Dex ou Em durante o ano
que passou. Às vezes as coisas ficam simplesmente subentendidas e uma frase é o
suficiente para perceber qual foi o rumo que levou o gancho deixado pelo
capítulo anterior. Quando isso não acontece, os diálogos preenchem essa parte
sem parecer explicação desnecessária.
A partir da noite de 15 de julho de 1988,
vamos passar a acompanhar a trajetória de cada um dos dois, durante os próximos
anos. E vamos perceber que muita coisa pode mudar em um ano e, no caso dos
dois, em um dia. E esse dia é o 15 de julho.
Poderemos ver suas dificuldades,
relacionamentos, baladas com os amigos, empregos e tudo mais que a vida trás
para nós, tudo isso unido por uma amizade genuína.
— E daí… o que aconteceu com você?— A vida. A vida aconteceu
Em algumas partes eu me identifiquei muito
com a Emma, pelo seu jeito mais simplório e sua paixão pelos livros e pela
escrita. Também achei incrível a forma como o autor usou para expressar o
efeito que Dex causava nela e vice-versa.
A gente acha que já superou, que já esqueceu.
Mas tem horas que o coração aperta de novo, né?
Mas tem horas que o coração aperta de novo, né?
Amizade,
cumplicidade, viagens, perda, namoros, diversão, drogas, sexo, glamour,
bebidas, traições, casamento, amadurecimento, separação, em suas palavras
Nicholls mostra num relacionamento as chances que perdemos por medo, os desvios
que a vida nos oferece, os falsos amigos, o medo da perda, e a verdadeira amizade,
aquela que ultrapassa os limites e o tempo.
O autor dividiu o
livro em quatro partes, a primeira vai de 1988 a 1992, a segunda de 1993 a 1995
(Vinte e tantos anos), a terceira de 1996 a 2001 (Trinta e poucos anos) e a
quarta e ultima parte de 2002 a 2005 (Tinta e tantos anos), o livro é narrado
em terceira pessoa e nos últimos capítulos o autor mescla entre o presente e as
lembranças do primeiro São Swithing, e
Nicholls me ganhou de vez com esse jogo com o tempo, foi como
entrar na mente do personagem e sentir
uma explosão de sentimentos, amor, dor, alegria tudo de uma só vez.
Durante anos, eles
vão passando por mil coisas: lutam, constroem, destroem, se amam, se separam,
encontram outras pessoas.
Eles se completam e
estão sempre juntos, mesmo que separados.
E coroando essa
história, está a narrativa de David Nicholls, que conseguiu me fazer visualizar
cada passagem do livro como a cena de um filme. Com certeza, isso não se deve
somente ao fato dele ser um premiado roteirista, mas também ao seu talento
ímpar de criar personagens tão intensos.
Um filme sobre o
livro foi produzido em 2011 pela Universal Pictures, com a atriz Anne Hathawey vivendo
o papel de Emma e Jim Sturgess protagonizando Dexter. As cenas são lindíssimas,
as locações ambientam muito bem a história e dão um toque a mais de romantismo.
Apesar de o livro dar mais valor a emoção dos personagens, o filme é tão
impactante quanto.
Para finalizar uma
frase que acho reflete um pouco sobre o livro:
Às vezes tudo o que você procura sempre esteve ao seu lado!
Por: Tenile Menezes
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