Autora: Kimberly
Bradley
Editora:
Darkside
Número de
páginas: 234
Classificação:
Sinopse: “A Guerra que Salvou a Minha Vida” é um
daqueles romances que você lê com um nó no peito, sorrisos no rosto e – entre
um parágrafo e outro – lagrimas nos olhos. Uma obra sobre as muitas batalhas
que precisamos vencer para conquistar nosso lugar no mundo. Ada tem dez anos
(ao menos é o que ela acha). A menina nunca saiu de casa, para não envergonhar
a mãe na frente dos outros. Da janela, vê o irmão brincar, correr, pular –
coisas que qualquer criança sabe fazer. Qualquer criança que não tenha nascido
com um “pé torto” como o seu. Trancada num apartamento, Ada cuida da casa e do
irmão sozinha, além de ter que escapar dos maus-tratos diários que sofre da
mãe. Ainda bem que há uma guerra se aproximando. Os possíveis bombardeios de
Hitler são a oportunidade perfeita para Ada e o caçula Jamie deixarem Londres e
partirem para o interior, em busca de uma vida melhor. Combinando a ternura de
Em Algum Lugar Nas Estrelas, outro título da coleção DarkLove, com a realidade
angustiante de O Diário de Anne Frank, A Guerra que Salvou a Minha Vida
apresenta uma perspectiva da Segunda Guerra Mundial vista pelos olhos de uma
menina que se transforma em refugiada no seu próprio país. Mais uma
oportunidade perfeita para emocionar corações de todas as idades e relembrar os
valores do companheirismo e da amizade em todos os momentos da nossa vida.
Vencedor do Newbery Honor Award, primeiro lugar na lista dos mais vendidos do
New York Times e adotado em diversas escolas nos Estados Unidos.
“Dolorosamente adorável.” – The Wall Street Journal
Resenha
O que posso falar sobre
esse livro é que ele é lindo do início ao fim e angustiante. Mesmo sendo
pequeno, apenas com 234 páginas, as 30 primeiras páginas já são suficientes
para se apaixonar por Ada, uma menina que sofreu tanto nas mãos da mãe, que
tudo que você deseja, é que ela encontre alguém que a aceite do jeitinho que
ela é.
A quantidade de coisas que
passa na cabeça da Ada, e a quantidade de coisas que ela tem que lidar, pelo
que ela sofreu da mãe, pelas coisas que ela passou, por ser apenas uma criança
e ainda assim precisar cuidar do irmão menor, demonstra o quanto ela é forte
por conseguir lidar com tudo isso, e encontrar uma maneira de sair daquela
situação. A Guerra que está acontecendo na Europa, parece pequena à luta que
ela trava consigo mesma.
O interessante do livro é
que os personagens são tão bem construídos que a autora consegue passar
perfeitamente que a Ada é uma criança de 10 anos, e que o irmão dela realmente
tem por volta dos 6 anos, sem adultizar nenhum dos dois. Ada é mergulhada em
traumas, e o livro conta sobre como ela, uma menina que era considerada
retardada pela mãe, e que todas as pessoas que ela conhece e ela mesma acreditam
nisso, consegue parar de acreditar e se enxergar como uma criança perfeita, que
não tem culpa de ter nascido com o pé torto.
Gostei do livro também por
nos mostrar algumas outras perspectivas, e apesar de ser uma história contada
em primeira pessoa, você consegue enxergar e entender a história de vários
outros personagens que aparecem no livro, não contando tudo explicitamente,
pois preciso lembrar que quem conta o livro é uma criança de 10 anos, mas não
deixa dúvidas sobre certas coisas que acontecem ou aconteceram com outros
personagens.
O livro é lindo demais,
sentimental, angustiante, comovente e brilhante. Não é à toa que venceu o
Newbery Honor Book, o Schneider Family Book Award e o Josette Frank Award. Sem
falar que ganha uns pontos extras por ser uma edição linda da DarkLove, uma
coleção da DarkSide escrita apenas por mulheres.
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