Resenha: Inventei Você? | Francesca Zappia

Título: Inventei você? 
Editora: Verus
Autor: Francesca Zappia
Número de páginas: 350
Classificação:   
Sinopse: Alex está no último ano do ensino médio e trava uma batalha diária para diferenciar realidade de ilusão. Armada com uma atitude implacável, sua máquina fotográfica, uma Bola 8 Mágica e sua única aliada — a irmã mais nova —, ela declara guerra contra sua esquizofrenia, determinada a permanecer sã o suficiente para entrar na faculdade. E Alex está bem otimista com suas chances, até se deparar com Miles. Será mesmo aquele garoto de olhos azuis com quem ela compartilhou um momento marcante no passado? Mas ele não tinha sido produto da sua imaginação? Antes que possa perceber, Alex está fazendo amigos, indo a festas, se apaixonando e experimentando todos os ritos de passagem tipicamente adolescentes. O problema é que ela não está preparada para ser normal.
                                             Resenha
 Alex está tentando viver uma vida normal na nova escola - longe dos problemas que a esquizofrenia trouxe a ela na escola antiga. Em virtude de sua condição mental, a esquizofrenia, ela tem muita dificuldade em distinguir o que é real do que é imaginário.

Sua esperança é que sua doença não seja conhecida por todos na escola nova e que ela possa ser só mais uma adolescente comum e passar despercebida. Só há um problema: seu cabelo extremamente vermelho chama muita atenção.

Em virtude de seu mau comportamento na escola antiga, na escola nova Alex tem que fazer um determinado trabalho voluntário e é aí que seu mundo se confunde mais: a pessoa que está na frente dela é real ou seu amigo imaginário do passado voltou, depois de tantos anos? Quantas fotos ela poderia tirar sem que ele percebesse, para descobrir se ele é real? 

Apresentando o mundo do seu ponto de vista, Alex cativa qualquer pessoa, apesar do público a que se destina o livro. 

Enquanto busca uma nova versão de si mesma, tentando ser normal e buscando jeitos de distinguir o imaginário do real, sem saber direito como fazer isso, Alex faz amigos, começa a frequentar festas, se apaixona e consegue ajudar algumas pessoas. 

Mas por quanto tempo é possível guardar um segredo? Quantos segredos existem na escola e na vida de seus amigos mais queridos? 

Quando tudo eclode, Alex e seus novos amigos conseguem descobrir uma coisa chocante acontecendo procuram formas de ajudar uma colega. 

Por fim, Alex sofre com uma revelação chocante: a coisa que ela mais acreditava ser real na vida, sua fonte constante de consolo e objeto preferido de observação, deixara de existir.

É uma história sobre equilíbrio, autoconhecimento, bullying, perseguição, superação, medos e sobretudo Amor.

E a delicadeza com que a autora trata sobre esquizofrenia é um ponto importante, na medida em que ajuda a quebrar vários preconceitos: as pessoas são mais do que seu diagnóstico e ele não as faz piores que ninguém. Ser normal - viver o real - nem sempre é o melhor dos cenários. 

A leitura é encantadora, assim como Alex, Charlie e Miles! É o tipo de livro em que os personagens nos prendem tanto que começamos a desejar uma continuação. 


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