Quem acompanha o mundo da literatura - principalmente nesse ano de 2016 - percebeu o alvoroço que foi o lançamento da série A Garota do Calendário. E para aumentar mais a campanha que foi feita pela história, na Bienal de São Paulo desse ano tivemos a presença da autora Audrey Carlan, que além de autografar os livros dos fãs participou do bate-papo com os fãs.
A história gira em torno da Mia Saunders, uma jovem que mora em Las Vegas junto com o pai alcoólatra e a irmã, Mandy. Mia trabalha desde os 12 anos para conseguir pôr um prato de comida na mesa e garantir que sua irmã consiga estudar e se formar. Após anos em relacionamentos com os caras errados, ela simplesmente deixou de acreditar no amor.
Mas o pior acontece quando o pai dela se mete em uma divida de um milhão de dólares. E para piorar o agiota é seu ex namorado, que além de cobrar a dívida, deixou seu pai em coma. Para conseguir toda essa grana, Mia vai trabalhar junto com a tia como acompanhante de Luxo nos próximos 12 meses.
Em janeiro, além de termos uma introdução à história dela e da família, vamos conhecer o surfista e famoso diretor de filmes, Weston. Wes é um milionário que precisa fugir das interesseiras e para isso precisará da Mia. O primeiro contato deles é pura atração. Wes tem o tipo físico atlético e definido, e olhos azuis que conquistam qualquer mulher. Mia se vê atraída por ele logo no primeiro encontro. O envolvimento entre eles é bem rápido, porém o Wes deixa claro algumas regras: nada de dormir juntos, nada de paixão, apenas diversão e sexo.
Entre momentos divertidos e leves, e momentos extremamente envolventes e de puro prazer, ambos criam uma amizade linda que aos poucos começa a desenvolver sentimentos que não estão prontos para viver. É isso que a Mia acredita, e mesmo com pedidos do Wes, ela decide partir em sua jornada e aprender a viver para si e se conhecer.
Quando partimos para Fevereiro, conheceremos o famoso pintor Alec, um francês simples, envolvente e muito atraente. Mia se vê na cama com o cara logo nos primeiros dias - e posso dizer que o envolvimento deles é bem quente. Alec contrata ela não para ser sua acompanhante, mas sim sua musa para a próxima obra.
Nos momentos em que ele se envolve com a arte e captura partes da Mia, nos fazem enxergar, junto com a protagonista como ela é. Alec possui uma filosia de amor que faz a Mia enxergar o quanto ela ainda precisa viver. Ela se envolve com o francês de forma simples e pura. Ambos possuem uma química forte e constrói uma bela amizade.
Aos poucos Mia vai contando a dor que carrega com o abandono da mãe e como sofreu para ajudar à irmã. Ela possui uma insegurança de si, que só após o trabalho de Alec concluído é que entende e se vê de verdade. Ela a faz se amar como ela é, a se sentir amada e bonita.
De longe Fevereiro foi o melhor que Janeiro. Apesar de ter gostado de conhecer o Wes, a história é bem superficial e temos poucos detalhes do relacionamento da Mia com o agiota, do seu pai, da sua irmã e da mãe. Além de que o acordo do pagamento ser feito em parcelas não ter sido contada. Apenas aconteceu. Confesso que fiquei com o pé atrás de continuar a leitura, mas após conhecer a autora na Bienal e as fãs da série, dei uma segunda chance. E não me arrependi com Fevereiro, na verdade foi uma surpresa linda.
O francês me emocionou, sua mensagem, a forma como trata a Mia, a forma como enxerga o amor e o dá é lindo e puro. Além de mostrar para ela que apesar de seus erros, das dores e mágoas que carrega ela é linda, e pode amar a si mesma, que é o que falta para ela. Amar a si mesma. Foi emocionante o final e eu gostei muito mais que o anterior. Eu recomendo dar uma chance à essa série, porque no segundo volume percebi que aos poucos, a autora nos dará mais detalhes da vida da Mia e como a jornada dela a mudará para sempre.
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