Autora: Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Número de páginas:588
Classificação:
Comprar: Amazon
Sinopse:Amy e Hugh vivem o que se pode chamar de casamento perfeito, e apesar de o dinheiro ser curto e o estresse ser muito, sua vida segue uma rotina confortável... até que a morte do pai e de um grande amigo desencadeia em Hugh uma intensa crise durante a qual ele decide que precisa dar um tempo de tudo, sobretudo da vida a dois, e parte rumo ao sudeste asiático, por onde viajará por seis meses. Incapaz de fazer o marido mudar de ideia, Amy sabe que muita coisa pode mudar nesses seis meses.
Quando Hugh voltar — se voltar —, será ainda o mesmo homem com quem se casou? E será ela a mesma mulher? Afinal, se ele está dando um tempo do casamento, ela também está, não é?
Sempre ouvi falar muito dos livros da autora Marian Keyes, pensei comigo mesma vou dar uma chance para o livro "Dando um tempo", que foi publicado em 2018 pela editora Bertrand Brasil.
Comecei a leitura com as expectativas altas, mas o livro me deixou bastante decepcionada, porque logo de início achei a premissa maravilhosa e a autora poderia ter levado para vários outros cenários com mensagens importantes e reflexivas. Mas não foi isso que aconteceu!
Em “Dando um tempo", iremos conhecer a Amy O' Connel. Uma mulher com 42 anos, que já passou por muita coisa em sua vida. Já foi divorciada, e atualmente casada com Hugh. Vive em um casamento sólido e maravilhoso, tem três filhas, sendo a primeiro fruto do casamento anterior.
Trabalha em uma empresa de publicidade. O seu sonho é que a empresa cresça e dê lucros. A sua vida está perfeita e plena, quando menos espera o seu marido está em uma depressão profunda.
Hugh perde o seu pai, e logo depois um amigo do nada. Ele sente que perdeu um pouco de si também com essas perdas e não consegue desabafar com ninguém.
De uma hora para outra, dá a notícia que precisa dar um tempo do casamento por seis meses. Simples assim!
Amy fica apavorada com essa bomba em sua cabeça. Apesar dos pedidos para seu marido não ir nessa jornada de seis meses, ele vai mesmo assim. Um pouco egoísta, não acham?
Agora, solitária, Amy precisa aprender a se virar sozinha. Ela precisa lidar com as filhas, com seu trabalho e os problemas de casa. Entretanto, percebe que gosta da sua companhia em primeiro lugar e que tem total capacidade de lidar com todos os seus problemas, mas claro que tem fases de muita saudade do seu porto seguro, seu marido. Tendo ajuda de seus familiares, amigos e filhas, ela vai se redescobrindo novamente e aceitando quem ela é.
Agora Amy começa a ter vários questionamentos: Se Hugh está dando um tempo do casamento, ela pode também? E se Hugh voltar será que vai ser a mesma pessoa? E ela será a mesma pessoa de 6 meses atrás? Será que vão manter o casamento?
A escrita de Marian é rápida, envolvente, fluída e muito bem desenvolvida. Os seus personagens são bens construídos, mas acho que faltou algo na história
Tivemos assuntos importantes durante a narrativa, como traição, gravidez indesejada, aborto, luto e depressão que não foram abordados com tanta profundidade pela autora. Simplesmente passou muito batido com apenas uma ou no máximo duas páginas. Foi simplesmente mencionado com diálogos bem superficiais. Acho que seria muito importante trazer para a premissa esses assuntos polêmicos.
Talvez se tivesse lido em outro momento eu tivesse amado a leitura, mas não aconteceu pessoal. Não foi uma leitura que me agradou,mais recomendo que leiam e tenham suas próprias conclusões.
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