Crítica: No Fim do Túnel

Título: No Fim do Túnel
Direção: Rodrigo Grande
Roteiro: Rodrigo Grande   
Elenco: Leonardo Sbaraglia, Clara Lago, Pablo Echarri e Federico Luppi
Classificação: 
Sinopse:
Joaquín (Leonardo Sbaraglia) é cadeirante e cansou  de viver solitário em sua velha e escura casa. Por isso, decidiu alugar um dos seus quartos para a stripper Berta e sua filha, Betty.

Resenha

No Fim do Túnel é um filme argentino/espanhol, que tem um roteiro consistente e de tirar o fôlego. Por sinal, acho que é um dos melhores roteiros de 2016. Prepare-se para sentir-se aflito,  por 120 minutos.

A introdução tem um ritmo bom, que nos apresenta “Joaquín”, personagem do fantástico Leonardo Sbaraglia. Ele mora com seu cachorrinho idoso, numa casa enorme, a qual ele não tem acesso a todos os cômodos, por conta de sua deficiência; ele é cadeirante. Assim, ele coloca o quarto do terraço para aluguel. Quem aparece para alugar, com muita pressa, é a dançarina “Berta”, vivida pela atriz Clara Lago, e sua filha, “Betty”. No primeiro momento, há uma resistência dele, mas “Berta” insiste e, assim, os dois começam uma mistura de amizade e flerte.

Enquanto a relação dos dois vai se fortalecendo, “Joaquín” descobre algo suspeito, acontecendo na casa vizinha, e começa a prestar mais atenção aos detalhes, para entender o que se passa; quando percebe que os seus vizinhos estão planejando um assalto a um banco, próximo da região. Então, resolve atrapalhar o plano perfeito dos bandidos.

É exatamente aí que esquecemos de respirar. Eu tirei uma parte da sinopse, porque há um spoiler grotesco e se você não o leu, recomendo que vá para o cinema assim. O filme pode te surpreender mais ainda.

Quando a ação finalmente começa, a gente se sente no mar, tentando sair da água, mas, onda atrás de onda vai nos levando para baixo e ficamos: “COMO ASSIM?”

Existem clichês no filme? Sim! Mas, sinceramente, não é nada que tenha me feito gostar menos ou diminuir a sua nota. São coisas básicas, como a vida do homem solitário. Por que ele é solitário? Como ele chegou até ali, por exemplo. Coisas que não acrescentam, mas não atrapalham. Entretanto, espero ver algo completamente inovador, algum dia.

Tem uma trilha sonora impecável, que casa perfeitamente com as cenas do filme e ajuda a criar o clima sufocante. Até na cena (maravilhosa) em que “Berta” dança, as batidas da música são capazes de acelerar os nossos batimentos cardíacos e eu nem sei o motivo, já que, até aí, estava tudo bem. É mais do que a sensualidade da cena.

A fotografia é bacana, contudo, não vai além do que já esperamos de um filme de suspense, ainda mais nesse, que não tem muitos cenários.


No Fim do Túnel ganhou um espaço, ao lado de O Segredo dos Seus Olhos, entre os meus filmes favoritos de suspense. Já percebi que os hermanos estão dando um show no gênero.

                       Se tiver oportunidade, não deixe de conferir. 

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