Resenha: Juntando os pedaços | Jennifer Niven

Título: Juntando os pedaços
Autor:  Jennifer Niven
Editora: Seguinte
Número de páginas: 392
Classificação:
Sinopse: Jack tem prosopagnosia, uma doença que o impede de reconhecer o rosto das pessoas. Quando ele olha para alguém, vê os olhos, o nariz, a boca… mas não consegue juntar todas as peças do quebra-cabeça para gravar na memória. Então ele usa marcas identificadoras, como o cabelo, a cor da pele, o jeito de andar e de se vestir, para tentar distinguir seus amigos e familiares. Mas ninguém sabe disso — até o dia em que ele encontra a Libby. Libby é nova na escola. Ela passou os últimos anos em casa, juntando os pedaços do seu coração depois da morte de sua mãe. A garota finalmente se sente pronta para voltar à vida normal, mas logo nos primeiros dias de aula é alvo de uma brincadeira cruel por causa de seu peso e vai parar na diretoria. Junto com Jack. Aos poucos essa dupla improvável se aproxima e, juntos, eles aprendem a enxergar um ao outro como ninguém antes tinha feito.



                                                – Resenha –

“Sigo em frente. O bom de ser grande é que fica fácil abrir caminho.”
Ainda não li “Por Lugares Incríveis”, o outro livro de Jennifer Niven. Acho que sou minoria, aliás, todo mundo que leu o outro, veio nesse por ter gostado muito do outro.

O que dizer de ‘Juntando os Pedaços’? Eu só senti falta de um epílogo, fora isso, adorei. Adorei, mesmo. Jennifer trata com leveza um tema muito importante. Aliás, dois. O livro é dividido com capítulos narrados por dois personagens: Jack Masselin e Libby Strout.

Jack Masselin tem o mesmo problema que um amigo meu, prosopagnosia. O que é prosopagnosia? É até difícil de falar, né? Então, a pessoa tem dificuldade em reconhecer as feições do outro. Meu amigo tem dificuldade leve, mas o Jack tem uma dificuldade tão grande que ele nem reconhece sua mãe. Quem tem esse problema precisa ficar se atentando à voz das pessoas, características físicas como o jeito que ela usa o cabelo ou como é o seu óculos, se a pessoa tem uma pinta, uma marca de nascença… 

Imagine só, chegar numa festa de família, onde todos são semelhantes: como saber quem é quem?

Além da prosopagnosia, Jack é popular no colégio e namora a menina mais bonita e mais popular também. Está naquela roda de amigos populares que existe em toda a escola, e às vezes acaba sendo um babaca por ir na onda dos amigos.
“A gente não pode lutar as batalhas das outras pessoas, por mais que dê vontade.”
Libby Strout é gorda. E já foi MUITO gorda. Ela ficou mais gorda depois que sua mãe faleceu, e isso acarretou problemas com a ansiedade também. Pois é, pensou certo: bullying. E também: se aceitar como você é. Libby é uma adolescente gorda com problemas de ansiedade, que ficou em casa por um tempo, e agora está saindo pra finalmente conhecer o mundo depois de tanto sofrimento. Quando resolveu sair, saiu de vez, saiu com a cara e a coragem, e mostrando que é gorda sim, e daí?
“Mas estou confortável assim. Talvez eu perca mais peso. Talvez não. Mas o que as pessoas têm a ver com isso? Quer dizer, desde que eu não sente em cima delas, quem se importa?”
Os dois personagens em algum momento se juntam, e o momento não é nada bom. Eu adorei o modo como Jennifer juntou esses personagens e o modo que eles cresceram juntos. O livro é leve apesar dos problemas todos em que os personagens passam. Aliás, preciso também falar do irmão de Jack, que vai pra escola de bolsa e também sofre bullying!!!
É, tem bastante coisa acontecendo. E mesmo assim, a leitura é super leve.
“Ninguém nunca mais vai me dizer que não consigo. Assim como ninguém devia dizer a você o que pode ou não pode fazer. Nem você mesmo.”

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Um comentário:

  1. Oi, Aline. Eu ainda não li nenhum dos livros dela, mas estou louca para conhecer a autora! Ela junta muito sentimento e emoção nos seus livros, e sei que vou adorar conhecer os dois personagens.
    Beijo! Leitora Encantada
    Participe do Sorteio de Natal

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