Título: Between
Produtora: Netflix, City Television.
Criada por: Michel McGowan.
Elenco: Jennette McCurdy, Jesse Carere, Ryan Allen, Justin Kelly,
Kyle Mac, Jack Murray, Brooke Palsson, Jim Watson, Samantha Munro, Shailyn Pierre-Dixon,
Percy Hynes White, Steven Grayhm, Mercedes Morris.
Ano: 2015 (Maio).
Gênero: Drama, Ficção científica.
Número de temporadas: 2.
Número de episódios: 6 por
temporada.
Duração: 45
minutos (em média).
Sinopse: Quando uma doença
misteriosa mata todos os habitantes com mais de 22 anos, os sobreviventes da
cidade são colocados em quarentena e abandonados à própria sorte.
Resenha
Desde as primeiras
palavras aviso que esta resenha pode conter alguns spoilers medianos, porque
para descrever, explicar e discutir o conteúdo dela de uma forma satisfatória,
algumas coisas devem ser esclarecidas.
Com exceção de Jennette
McCurdy (iCarly), Shailyn Pierre-Dixon (Esquadrão Suicida) e Steven Grayhm (As
Branquelas), o restante do elenco é formado por atores até então desconhecidos
por mim. Os produtores conseguiram reunir um elenco em sua maioria jovem, porém,
impressionante. Os destaques juvenis vão para Shailyn e Percy Hynes White, que
começam a série como coadjuvantes mas ganham mais destaque na segunda
temporada, com todo o louvor. Desde suas primeiras aparições como Franny e
Harrison, eles esbanjam potencial em suas estórias individuais e em conjunto
com o restante dos personagens. Quem é de iCarly (como eu. Sim, mesmo aos 23
anos eu gosto de iCarly, me processe!) tem um incentivo a mais para assistir
esta série onde Jennette, interpreta uma personagem mais séria e adulta que
nossa amada Sam Puckett, apesar de manter alguns traços como o sarcasmo e o uso
espetacular da ironia.
A primeira temporada
foca mais em: Wiley Day (Jennette), uma adolescente grávida, filha do pastor da
cidade de Pretty Lake, Adam Jones (Jesse Carere) um gênio da computação, Chuck
Lotts (Justin Kelly), riquinho mimado, dono de metade da cidade e um prepotente
atleta, os irmãos Creeker, Ronnie e Pat, que para todos os feitos são os
encrenqueiros da cidade, e Gord (Ryan Allen), fazendeiro, irmão mais velho de
Franny, que acaba de se alistar no exército.
A trama tem inicio quando subitamente, pessoas começam a morrer por nenhum motivo aparente, em um minuto estão bem, fazendo coisas cotidianas e no próximo estão cuspindo sangue e caindo duras onde quer que estejam. Não existe na cidade quem não tenha perdido um parente para esse mal repentino. Adam, com sua mente afiada, faz tudo o que pode para descobrir o que está acontecendo porque desde o primeiro comunicado do Governo, suspeita que eles sabem mas do que estão contando. A situação começa a se complicar quando toda a cidade é posta em quarentena. Em uma de suas buscas Adam descobre que apenas pessoas com mais de vinte e dois anos estão morrendo, o que para ele é uma prova de que Pretty Lake está sendo prejudicada pelo Governo, descartando a teoria de que a fatalidade seria um possível ato terrorista.
Depois de alguns dias os sobreviventes são instruídos a queimar os corpos dos mortos, e somente assim, seriam liberados da quarentena, mas é claro que depois de ter seu pedido realizado, o Governo inventa seus motivos para continuar com a contenção dos habitantes. Com tantos lutos, falta de informação e esperança, o convívio dos remanescentes se torna cada vez mais estressante e propício para brigas, mal entendidos e muitas decisões importantes a serem tomadas. Chuck, por ser filho de um figurão da cidade, e uma pessoa popular, toma para si a responsabilidade de manter a comunidade em paz, tanto quanto puder, mas seus conflitos com os Creeker nublam seu discernimento, e fazem com que ele muitas vezes aja de forma nada exemplar. Convicto de que está fazendo o certo, aceita conselhos de Gord até certo ponto, e depois ignora a sensatez do fazendeiro que quer ajuda-lo a fazer as coisa do jeito certo.
Depois de ter seu bebê, Jason, Wiley passa por uma pseudo crise existencial, e abandona por um tempo os cuidados de seu filho, que faca com a tia. O medo do desconhecido faz com que ela, a princípio não aceite bem sua nova condição de mãe, e ela chega até a tentar escapar da quarentena deixando Jason para trás.
Depois da fracassada tentativa, e cansada de ouvir sermões, busca Jason e sai sem rumo pela cidade, até que encontra Ronnie e acaba se refugiando com o Creeker por alguns dias, mas não poderia ter escolhido pior momento. A troca de ameças e atentados entre Chuck e Ronnie se intensifica a cada dia, fazendo de todos os Creeker e associados persona non grata. Enquanto isso Adam, o rei das teorias de conspiração, continua sua busca por explicações e as que encontra não são nada agradáveis. Como em toda boa série que trabalha com conspiração governamental, não poderia deixar de existir aqueles momentos detestáveis, em que você se pergunta se a pessoa no poder é mesmo um ser humano.
As reviravoltas da estória são muitas vezes frustantes, mas encaminham o final da temporada para uma situação tão chocante, que é impossível não sentir pelo menos um pouco de ódio por alguns.
Há quem diga que a série como um todo é uma perda de tempo, para eles eu consigo pensar em três possíveis motivos para comentários negativos sobre Between: o Primeiro é que talvez, séries que focam em conflitos existenciais violentos e de certa forma extremos não são o seu tipo de série. Segundo, começou a assistir a série apenas pela participação da Jennette, e se sentiu frustado ao ver que ela não é sempre o centro das atencões e que a série não é tão engraçada quanto seus outros trabalhos. E por último mas não menos importante, você não assistiu direito, afinal, que outra série mostra os conflitos humanos focados em crianças, pré-adolescente, e jovens adultos. Porém, não aqueles problemas na escola, na faculdade ou o novo emprego, falo daqueles problemas como a fome, falta de auxílio, uma cidade sem lei e a questão da sobrevivência em si.
Escrito por: Evellin Monteiro.
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