Resenha: Possessões | Sara Flannery Murphy

Título: Possessões
Editora: Harper Collins Brasil
Autor: Sara Flannery Murphy
Número de páginas: 336
Classificação:
Sinopse:
Eurydice é um corpo, mas não da forma que você imagina. Esses profissionais, empregados pela Elysian Society, prestam um serviço de valor imensurável à sociedade: utilizando comprimidos especiais e tomando posse de objetos de valor sentimental, os corpos são capazes de trazer à vida, mesmo que por alguns momentos, pessoas falecidas para dar paz aos seus entes queridos. Edie é um corpo especialmente competente, e seu sucesso profissional se dá por manter regras rígidas: nunca se envolver; nunca se aproximar; nunca se abrir. Até que, em busca de respostas sobre a misteriosa morte da esposa, Patrick Braddock aparece, e Edie, que nunca cometeu nenhum deslize, se vê cada vez mais tentada a quebrar as próprias regras. Mas alguns segredos são perigosos demais para permanecerem escondidos, e Eurydice pode acabar colocando em risco muito mais do que jamais seria capaz de imaginar.

 

Resenha

  Em uma versão do mundo um pouco diferente daquela que conhecemos a indústria farmacológica criou uma pílula, a flor de lótus, capaz de trazer de volta por alguns minutos, para o corpo de quem a ingere, o espírito de alguém que já morreu.
   A Elysian Society é a única empresa que realiza esse serviço de forma legalizada e segura, oferendo o ambiente discreto, as pílulas e os corpos para receberem os entes queridos dos clientes dispostos a pagar por isso.
   É na Elysian Society que Eurydice trabalha, engolindo as flores de lótus e abrindo mão de seu corpo por várias horas durante o dia para diferentes espíritos.    
  Eddie, como é chamada, é o ideal da empresa, discreta, dedicada e absolutamente focada no trabalho: a Elysian Society é sua vida. Ela não possui amigos, nem família ou hobbies, sequer possui vícios. Sua vida é vazia, ela é vazia. O nada que sucede à flor de lótus é apenas uma expressão do grande nada que ela já vive diariamente.
    O modo de Eddie vivenciar o dia-a-dia muda a partir do momento em que ela conhece Patrick, que procura a Elysian Society para contatar Sylvia, sua falecida esposa. De repente ela se vê novamente desejando coisas que havia renunciado  há muito tempo.
    Mas ao mesmo tempo em que o relacionamento com Patrick vai assumindo uma forma específica, Eddie começa a se sentir estranha em seu próprio corpo, percebendo a presença de Sylvia em sua mente mesmo sem o comprimido. 
     Coisas estranhas começam a acontecer e Eddie precisa tentar descobrir com o que está lidando antes de perder a própria consciência e Sylvia assumir de vez seu corpo. Afinal, quem era Sylvia por baixo da máscara que usava em público? Qual o mistério que cercava sua morte? O que o espírito da mulher desejava? 
   A trama tem altos e baixos e em alguns momentos foi difícil manter a concentração na história e perceber para que lado a autora estava tentando conduzir os personagens. O final, no entanto, foi perfeito: uma possibilidade que em nenhum momento passou pela minha cabeça e realmente me deixou encantada. Vale a pena reler, somente para poder analisar a história a partir da perspectiva alcançada no desfecho.

     


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