Título: Sorrisos Quebrados
Editora: Valentina
Editora: Valentina
Autor: Sofia Silva
Número de páginas: 240
Classificação: 

Sinopse:
Paola: Perante
Deus, meu marido prometeu me amar. Cuidar de mim. Ser meu amigo.
Perante todos, disse que me amava. Que seríamos
felizes. Viveríamos para sempre juntos. Mentiu em tudo. Até que um dia ele me
disse que me mataria. E não mentiu. A partir desse dia, vivi escondida no meu
mundo, até André aparecer.
André: Eu não procurava nada. Não queria ninguém.
Não depois de tudo que vivera. Meu coração estava escondido na escuridão, até
Paola surgir com suas cores, pintando minha vida.
Sorrisos Quebrados é um romance de cores entre
duas pessoas quebradas por relacionamentos passados. Uma história de superação
dos próprios medos e de promessas.
Resenha
Esses dias lembrei de um livro
que li no kindle há alguns meses e que despertou minha atenção porque o enredo
fugiu bastante do óbvio: em Sorrisos
Quebrados as personagens são tão “gente como a gente” que, por alguns
momentos, achei que elas poderiam se materializar diante de mim. Preciso deixar claro que li Sorrisos
Quebrados quando a autora publicou na Amazon de forma independente e não sei se houve modificações, ainda que básicas, neste processo. O que sei é
que a capa manteve a beleza e que, com certeza, vou querer ler de novo, desta
vez na versão física.
A primeira coisa importante a
comentar é sobre o fato de a escritora portuguesa e autora da “Série
Quebrados”, Sofia Silva, ter adquirido visibilidade através do Wattpad. Há quase um ano, indicaram-me os livros da Sofia Silva e simplesmente me apaixonei. Li Sorrisos Quebrados em pouquíssimas horas e achei o livro muito fofo
embora eu tenha ficado um tempinho na bad
com o trauma sofrido pela Paola, a protagonista — sim, me abalo com os dramas
das personagens.
Sabe aquela mulher que casa
achando que o marido é o príncipe encantado? Bom, esta é a Paola. No entanto, o
que ela vai descobrir tempos depois é que o homem com quem decidiu casar é um
verdadeiro monstro ─ a definição que dei para ele, no início, foi essa, mas ao
longo da história descobri os motivos de suas ações, embora eles não sirvam
como justificativa para o que o Roberto faz com a Paola. Claro que, se você quer
saber o que aconteceu, sugiro que leia o livro, mas devo confessar que a
personagem principal não enfrenta apenas os traumas e as dores físicas, mas
carrega também as feridas psicológicas, que se enraízam e mudam completamente
não apenas o modo como as outras pessoas encaram a Paola, mas também o modo
como ela se vê.
A vontade que tenho também é de gritar, pois nunca vi uma imagem tão dolorosamente assustadora na minha vida.
Anos se passam após o infortúnio,
mas Paola não consegue superar totalmente o trauma que viveu, de modo que permanece reclusa em uma clínica a qual, sem dúvida, é o espaço de maior destaque na
narrativa e onde a vida dela ganha ainda mais cor — uma simbologia presente em
todo o livro. Em meio ao seu refúgio favorito, seu quarto, com as cores de suas
tintas e as suas pinturas, Paola tem a possibilidade de viver algo que jamais
imaginou que poderia acontecer quando fazia questão de permanecer isolada em
seu próprio mundo. É na clínica que ela conhece o André — de forma bem
inusitada, devo dizer — e a Sol, a filha dele e uma menininha que,
literalmente, tem o poder de iluminar a vida do casal.
O bacana do livro é o fato de ele
mostrar que todos nós temos nossas fraquezas, um lado vulnerável, mas que nem
por isso perdemos a nossa motivação e força diária. No entanto, a mensagem mais
importante é o fato de nós termos sempre a oportunidade de nos reconstruir a
cada dia, de nos livrar de muitas amarras e enxergar o que há de bom em nós e
nas coisas ao nosso redor mesmo em meio a dor. Posso dizer que a Sol tem certa
influência na aproximação entre a Paola e o André?! CLARO! Contudo, não é
apenas isso. E, para entender, você vai precisar ler Sorrisos Quebrados.
Tenho que destacar algumas cenas
do livro, mesmo sem dar muitos spoilers.
A primeira vez da Paola e do André é fofa e mostra muito da personalidade deles
e a relação sexual é apenas um elemento a mais e não um dos focos da história.
A interação entre a Paola e a Sol é muito bonita. Sempre achei que as crianças
concedem uma aura fofa para os livros, especialmente em Sorrisos Quebrados,
porque a menininha também foi marcada pelos acontecimentos da vida, mas
consegue se sentir confiante perto do pai, dos avós e da Paola. A escrita é bem fluida e se você
tiver o costume de ler rápido, vai terminar o livro em poucas horas.
Acho
bacana o fato de a obra ter abordado assuntos polêmicos e que, infelizmente,
estão presentes na nossa realidade. Uma coisa legal é que os capítulos se
alternam entre os pontos de vista da Paola e do André. Também gostei do fato
de os dois serem descritos com características bem comuns — devo acrescentar
que o André tem um perfil meio rústico que fez meu coração disparar. O destaque também vai para o modo como a autora desenvolveu a personagem principal, pois a Paola vai crescendo ao longo da
narrativa, ganhando autonomia e se tornando mais confiante. Mesmo com as
lembranças do passado, ela decide seguir em frente. Paola e André constroem o amor ao longo do tempo, um relacionamento lindo e comovente, que nos faz acreditar nesse lindo sentimento. O que também me encantou no livro foram os recursos visuais; os desenhos lindos que apareciam vez ou outra — o final, então,
conquistou meu coração.
Um recado para a Sofia Silva: já estou preparada para a próxima história. Amei cada página, cada uma das personagens, e tenha certeza que continuarei acompanhando as suas histórias.
PS: só tenha pena do meu coração, mulher.
E a você, leitor... que tal deixar seu mundo um
pouquinho mais colorido com Sorrisos
Quebrados?
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