Crítica | O rei do show

Título: O rei do show
Direção: Michael Gracey
Elenco: Hugh Jackman, Zac Efron, Michelle Williams, Rebecca Ferguson e Zendaya
Classificação:

Sinopse: O filho de um pobre alfaiate vive para realizar seus grandes sonhos. Alguns anos após realizar o seu pretensioso desejo de se casar com a filha do patrão de seu pai, Phineas Taylor Barnum (Hugh Jackman) se vê desempregado e com uma família para sustentar. Com a ajuda de suas filhas, Barnum tem a ideia de criar um espetáculo com as pessoas cujo foram excluídas da sociedade por serem diferente dos padrões.

                         Resenha


Um sucesso que derrapa

Ir ao cinema é um ato incumbido de sentimentos. As sensações ao adentrar numa sessão variam de pessoa para pessoa - sendo que esse mesmo indivíduo reage de maneira diferente de acordo com suas preferências de gêneros. Produzir um filme é, também, um ato de responsabilidade com o público que irá assisti-lo. As cinebiografias, por exemplo, têm uma responsabilidade cujo é ainda maior que os demais gêneros, uma vez que essas são resultados da narração histórica de alguém ou algum período ou fato.

Tendo em vista o cuidado que deve ser dado ao se realizar uma produção cinematográfica, assistir à nova produção da 20th Century Fox é frustrante. O rei do show é uma cinebiografia musical sobre P. T. Barnum, o showman criador do circo (interpretado por Hugh Jackman), que falha miseravelmente em sua proposta de narrar a vida do fundador do Barnum & Bailey Circus. A trama se estabelece através de uma versão completamente romantizada e quase que inteiramente fictícia dos fatos ocorridos na vida da personagem de Jackman. Talvez essa seja a razão pela qual não fique tão claro durante os 105 minutos de duração que a obra faça parte do gênero biográfico.

A estreia do diretor Michael Gracey nas telonas é, contudo, uma obra ambígua para aqueles que amam musicais e a sétima arte. A película falha no cumprimento da veracidade ao retratar sobre a vida de Barnum, porém é magistral na perspectiva de um musical. O novo produto da Fox permite que o espectador vivencie uma experiência sublime através de coreografias muito bem elaborados e executados. Atrelado a isso, as músicas compostas por Ben Pasek e Justin Paul (também compositor da trilha sonora de La La Land - Cantando Estações) fazem d'O rei do show um filme que merece ser visto por todos que apreciam o gênero e que queiram conhecer ótimas músicas.

Assim sendo, Gracey promove, ao mesmo tempo, um verdadeiro show musical e uma péssima história biográfica. Esse paradoxo criará uma variação no fator de aceitação do público. Desse modo, O rei do show pode ser tanto uma obra espetacular, como uma grande decepção com uma boa trilha. Mais do que nunca a ótica do espectador será a responsável por decidir qual o olhar dado à produção, fazendo dela algo satisfatório ou não.

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