Happy Death Day (2017)

Título: Happy Death Day (A Morte Te Dá Parabéns)
Direção: Christopher Landon
Roteiro: Scott Lobdell
Lançamento: 12 de Outubro de 2017 (96 minutos)
Gênero: Horror, Mistério, Thriller, Comédia
Nacionalidade: EUA
Elenco: Jessica Rothe, Israel Broussard, Ruby Modine, Charles Aitken, Laura Clifton, Jason Bayle, Rob Mello, Rachel Matthews, Ramsey Anderson

Sinopse: Tree (Jessica Rothe) é uma jovem estudante que trata mal os meninos, desdenha das amigas e não parece estar muito disposta a atender as ligações do pai no dia do aniversário dela. No fim do mesmo dia, no entanto, ela é brutalmente assassinada por um mascarado. Acontece que ela "sobrevive", ou melhor, acorda no mesmo e fatídico dia, numa espécie de looping macabro, que termina sempre com a morte da garota. Repetir, seguidamente, o mesmo dia, por outro lado, dá a Tree a chance de investigar quem a está querendo morta e o porquê.
                                                        Resenha

O inferno da repetição se mostra ainda pior quando o dia é o dia da morte. Essa é a premissa do novo filme da Blumhouse A Morte Te Dá Parabéns (péssima tradução por sinal), nele a universitária linda, intratável e insuportável Tree (Jessica Rothe numa intepretação sensacional) acorda num dormitório após uma noite de bebedeira, porém ela não esperava que esse dia terminasse com seu assassinato pelas mãos de alguém usando uma máscara de bebê (essa máscara inclusive é do mascote do time da faculdade) para tornar tudo ainda mais marcante, nesse mesmo dia Tree faz aniversário (não que ela ligue muito pra isso). A premissa não é inovadora, mas a mistura de Slasher Teen, humor negro e looping temporal é muito bem feita, o clima juvenil é muito bem construído o que torna a fita despretensiosa, boba e divertidíssima dirigida por Christopher Landon (Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal, também da Blumhouse).

Aviso desde o começo que o clima teen percorre o filme inteiro, logo o filme não se leva a sério em momento algum o que o torna uma diversão garantida. O projeto do filme existe a desde 2007 onde se cogitava Megan Fox pra protagonista (!) e Michael Bay na produção (!!!!), porém a época do roteiro de Scott Lodbell foi engavetado até ser resgatado pela Blumhouse entregue ao Landon pra dirigir, além da escolha da Rothe como protagonista, ela, que se destacou ao fazer uma das sidekicks da Emma Stone em La La Land, se mostrou uma escolha acertadíssima, ela consegue mixar muito bem as reações de rebeldia e ingenuidade da personagem, principalmente faz com que você comece detestando a personagem e passe a torcer pra mesma no final.

Como dito no inicio, Tree acorda no dormitório do desconhecido Carter (Israel Broussard) que aparentemente a retirou de uma festa após uma bebedeira daquelas, porém ela nada se lembra da noite anterior, logo a estudante mais topzera da faculdade retorna a seu dia com toda normalidade possível, porém nota coisas incomuns nesse dia como o professor galã (Charles Aitken) que apesar de ser casado mantem um caso com ela, além da sua colega de quarto Lori (Ruby Modine), contudo a coisa mais incomum nesse dia ainda permanece sendo seu assassinato pelo mascarado. Toda vez que é assassinada, Tree acorda no dormitório revivendo aquele dia numa repetição infernal, tentando descobrir o seu algoz e suas razões. A questão é que Tree é uma péssima pessoa (em alguns momentos do filme o publico chega a torcer pelo assassino), ela foge do estereótipo das Final Girls de slasher movies, ela tem personalidade forte, mantem um caso com um homem casado, trata mal sua colega de quarto e ignora totalmente o próprio pai.

O filme tem influência notórias o que é um dos maiores acertos do Landon, a influência clara de Scream (inclusive o criador da máscara Ghostface também produziu essa daqui), um clima oitentista delicioso, a faca e a máscara além das formas inventivas de assassinatos são marcas registradas dos filmes de terror do período. Além da enorme referencia a Feitiço do Tempo com o Bill Murray (que inclusive é citado no filme), com referencias ainda a Eles Vivem, Zumbilândia e até mesmo Jogos Mortais e todas elas muito bem feitas.

Quem busca uma diversão sem pretensão, tem um filme perfeito pra isso, mesmo com alguns deslizes (como a máscara que não consegue ser assustadora e alguns errinhos no roteiro) o filme faz a combinação Horror + Humor de forma primorosa. Assim como Scream serviu de introdução ao Horror pra geração passada, acredito que Happy Death Day exerça a mesma influencia pros adolescentes de hoje mais um acerto do Jason Blum. Num trabalho divertido e ágil, o filme te mantem atento graças a um roteiro bem escrito, alguns bons twists e ótimas tiradas, afinal parafraseando a Cindy Lauper “Tree só quer se divertir”.

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