Crítica| Ted Bundy: A Irresistível Face Do Mal


Título original: Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile.
Diretor: Joe Berlinger
Elenco: :Zac EfronLily CollinsKaya Scodelario
Gênero: Suspense / Drama / Biografia
Notinha: 7,0



Sinopse:

Cinebiografia de Ted Bundy (Zac Efron), serial killer que matou, pelo menos, 30 mulheres em sete estados norte-americanos durante a década de 1970. Bundy se tornou famoso em todo o país, em parte por causa da fama de sedutor, que levou a conquistar várias fãs, e em parte por ter efetuado sua própria defesa nos tribunais. A trajetória do psicopata é contada pelo ponto das mulheres que amou: Liz Kendall (Lily Collins), com quem se casou, e Carole Ann Boone (Kaya Scodelario), amante que o apoiou durante o longo julgamento nos tribunais.

                                                             Crítica

Ted Bundy burla e frusta todas as expectativas pois ao olhar para ele só vemos o charme, carisma, beleza, fala calma e bem articulada e é muito difícil imaginar que alguém com tais características possa ser capaz de estuprar, matar, desfigurar mulheres gratuitamente.

Hollywood e seu encanto com serial killers sempre rendendo filmes para vermos, não choca ninguém mais essa produção em especial em 2019 que marca exatos trinta anos da execução dele. Aqui a surpresa se dá pela escalação do ator a dar vida a esse que de tão marcante na cultura do século passado nos EUA até parece que nem mesmo foi uma pessoa de verdade, mas acreditem ele foi. Tal qual eu e você, exceto pela indescritível número de crimes contra jovens mulheres pelo qual foi condenado e mesmo assim a polícia acredita que tenham sido maior o número real de vítimas.O ator no caso é o menino de ouro da era da Disney o Zac Efron (High School Musical) que aqui faz um esforço genuíno e notável em contribuir com a construção desse personagem controverso e recheado de camadas. Digo isso logo de cara, pois o que nós mortais (tô no processo de formação na verdade!rs) sem horas e estudos dedicados a transtorno como sociopatia imaginamos alguém desfigurado, num beco escuro e mais o que a mente humana puder produzir de conteúdo pertubador mas é aí que o Ted Bundy burla e frusta todas as expectativas pois ao olhar para ele só vemos o charme, carisma, beleza, fala calma e bem articulada e é muito difícil imaginar que alguém com tais características possa ser capaz de estuprar, matar, desfigurar mulheres gratuitamente.


Na história retratada temos a oportunidade de conhecer sua ex-mulher Elizabeth Kendall (Lily Collins) e sua relutância por estar perdidamente apaixonada, em acreditar que dormia com alguém capaz de coisas tão indescritíveis, inclusive segundo o site Omelete o roteiro desse filme teve como inspiração o livro escrito pela mesma, portanto tem um número considerável de cenas de interações entre eles enquanto casal, lembranças dela, coisas que ele dizia que a mantiveram por muito tempo cega diante das provas e evidências contra ele. Me parece ser uma tentativa de dar ao público um novo ângulo sobre esse personagem já tão conhecido e explorado pelas mídias, incluindo o fato do julgamento dele ter sido o primeiro da história televisionado devido ao forte interesse do público especialmente o feminino e jovem, algo que considero repugnante mas fala muito sobre a cultura machista nos anos setenta que ainda nos dias de hoje conseguimos ver fortes resquícios.

Prato cheio para quem como eu aprecia um suspense razoável com tons de documental e personagens interessantes, Hollywood não vai tão cedo largar o osso de algumas temáticas como é o caso de serial killers (daqui a pouco estreará o novo filme do Tarantino com a mesma temática) mas esse fascínio é traduzido pela mesma curiosidade incitada em cada um de nós pela ideia de que podemos conhecer ou já ter cruzado com alguém com tal capacidade de dissimulação e desprezo pela vida humana, é um temor que só é ativado quando nos colocamos a pensar a respeito e agora que tenho a sua atenção te pergunto, desconfiaria você de um estudante de direito, com belo sorriso e voz de veludo se chegasse perto de você pedindo um favor com o carro? Pois era essa uma das táticas que ele usava para atrair para perto mulheres, usando tipóia falsa no braço. Uma coisa eu sei e isso vem antes de mim, e veio antes da minha mãe e com toda certeza antes da mãe dela, ser mulher em qualquer lugar do planeta ainda é por si só perigoso, portanto vamos sempre estar atentas e nos cuidar!

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