O longa foi exibido a uma taxa de 60 fps, 2,5x a mais que os tradicionais 24 fps, o que aliado à resolução de 4K tornaram o filme um pouco estranho de assistir, sendo tanto uma benção quanto uma maldição. Por um lado temos uma enorme sensação de fluidez e realismo nas cenas de diálogo, algo que acaba sendo ofuscado, pois o excesso de cortes e closes no rosto dos atores, usados justamente para ressaltar a qualidade das câmeras, acaba tornando estas cenas cansativas e repetitivas. Já as cenas de ação sofrem de um mal muito pior.
A artificialidade é um dos temas de Projeto Gemini, afinal é um filme sobre clonagem, mas temos um problema sério quando isso está presente naquilo que deveria ser o ponto forte de um filme de ação. As perseguições, os tiroteios e os combates mano a mano; todos parecem falsos, a impressão que dá é a de que estamos assistindo a um vídeo acelerado, e em alguns momentos o que está na tela é mais próximo de um videogame do que de um filme.
A obra possui um roteiro simples e previsível, e uma trilha sonora fraca, mas em meio a tudo isso temos uma excelente perfomance de Will Smith que carrega esse filme nas costas praticamente sozinho, enquanto contracena com personagens em sua maioria pouco expressivos. O visual da versão mais nova dele é bem convincente e figura como um dos melhores usos da tecnologia de computação gráfica.
Em resumo Projeto Gemini é um filme que focou demais na tecnologia visual e parece ter negligenciado os outros aspectos necessários para contar uma boa história, mas demonstra bem o potencial do HFR que com alguns ajustes pode vir a ser o padrão no futuro, mas se não quiser esperar, você pode experimentar este novo formato em Projeto Gemini e tirar suas próprias conclusões.
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