Crítica | Os Órfãos



Título: Os Órfãos
Direção: Floria Sigismondi
Elenco: Mackenzie Davis, Finn WolfhardBrooklynn Prince
Gênero: Suspense/Terror
Nacionalidade: EUA


Classificação: 


Sinopse: Kate (Mackenzie Davis) é uma jovem professora contratada para trabalhar como governanta na mansão de uma família rica. Na casa, localizada em Essex, Londres, vive Flora (Brooklynn Prince) e Miles (Finn Wolfhard), irmãos órfãos que perderam ambos os pais em um acidente próximo à casa. No entanto, ela logo percebe que no local existem outros moradores, não necessariamente vivos.




Crítica


Os Órfãos é um filme que fui assistir sem grandes expectativas. E não é pessoal. Faço isso com praticamente todos os filmes de terror, com exceção da série Invocação do Mal, porque é um gênero que tem muita dificuldade em trazer algo inovador. E esse filme começou seguindo um roteiro comum para esses filmes. Uma jovem que vai morar em uma casa assustadora, tomando conta de crianças com comportamentos difíceis, e um mistério envolvendo antigos funcionários. Até ai tudo bem. O filme soube aproveitar os pontos altos disponíveis, como a mansão e os atores.

E vale a pena mencionar esses dois itens. A mansão é quase que uma personagem principal, já que ela é a ferramenta que dá o ar de suspense ao filme. Para mim, ela foi até mais importante do que a trilha sonora, que costuma ser o que cria o clima de tensão desse tipo de obra. E quanto ao elenco, gostei da interpretação dos jovens Finn (conhecido por Stranger Things) e Brooklynn, que criam situações inocentes e outras desconfortáveis e tensas. A atriz principal também consegue cumprir bem o seu papel. E gostei de como as mudanças visuais na personagem dela foram acompanhando aquilo que acontece em cena.

O enredo é ágil, e chega um determinado momento em que várias coisas seguidas acontecem. E isso é bom, porque prende o telespectador até o final. As cenas trazem um belo suspense, mas não são um verdadeiro terror. Então, será um filme considerado fraco ou mediano para quem quer tomar muitos sustos ou ver cenas feias. Mas ele consegue ser um bom filme de suspense, criando aquela tensão que agita o telespectador.

Mas então chegamos aos últimos minutos do filme, e a coisa desanda. Ele poderia ter seguido o roteiro esperado, e ser mais um filme de terror comum. Só que ele decidiu seguir outro caminho, e na tentativa de inovar (o que não acontece, porque a ideia já foi utilizada outras milhares de vezes), o filme termina de forma bem decepcionante. Quando acabou, fiquei uns segundos estática e pensei: Então é isso? Sério?. O que é uma pena, porque o filme até consegue cumprir o que se propõe em toda a sua história. Mas o fim, e a forma como muita coisa acabou solta ou perdida, fez com que ele acabasse sendo uma experiência pior do que deveria. 





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