Critica: Thor Amor e Trovão

Título: Thor: Amor e Trovão 

Direção: Taika Waititi
Roteiro: Taika Waititi, Jennifer Kaytin RobinsonElenco: Chris Hermsworth, Natalie  Portman, Tessa Tompson, Christian Bale, Taika Waititi, Russell Crowe, Chris Pratt, Jaime Alexander

Classificação: 3,5/5

Sinopse: Thor: Amor e Trovão é quarta aventura solo de Thor (Chris Hemsworth), personagem da Marvel, sendo a sequência direta de Thor: Ragnarok e o 29º filme do Universo Cinematográfico Marvel. Após os acontecimentos de Ultimato, Thor ansiando por um propósito, retorna a Nova Asgard e sua aposentadoria é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr (Christian Bale), o Carniceiro de Deus, que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rainha Valquíria (Tessa Thompson), Korg (Taika Waititi) e Jane Foster (Natalie Portman), sua ex-namorada, que - para surpresa de Thor - inexplicavelmente consegue empunhar seu martelo mágico, Mjolnir, o que imbuiu Jane com o poder de Thor. Juntos, eles embarcam em uma aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança do God Butcher e detê-lo antes que seja tarde demais.

                                                        Crítica

Nesta semana chega aos cinemas mais um capítulo da saga de cinematográfica do Deus do Trovão, com uma perspectiva trazer a nostalgia a um personagem tão querido numa fase de produções da Marvel marcadas pelo novo. Dirigido novamente por Taika Watiti – mesmo diretor de Thor: Ragnarok (2017) – não fica muito claro qual era a missão aqui. Isso porque a trama sugere uma comédia romântica, mas não necessariamente a executa dentro de uma narrativa simplista que consiste em: Thor precisa lidar com carniceiro dos deuses enquanto reencontra uma antiga paixão.  

Eis um fato sobre esse herói que está se encaminhando para seu 4 filme solo: Chris Hemsworth, seu interprete, estava completamente infeliz com os rumos que o personagem estava tomando nos dois primeiros longas. Com enredos engessados, houve um forte descontentamento sobre as formas como os personagens eram retratados. Para Chris, que é um ator essencialmente da comédia, o vingador mais forte não tinha encontrado ainda seu caminho. Já para Natalie Portman, que vivia Jane Foster, seu par romântico, não havia nada de interessante ali, afinal ela só aceitou retornar ao papel por causa da visão da diretora Patty Jenkins (Mulher Maravilha), que acabou desistindo do projeto, dando lugar ao limitado Alan Taylor. Nem mesmo o veterano Anthony Hopkins tinha interesse em interpretar Odin novamente. Tudo isso mudou com a chegada de Taika Watiti.

Em Ragnarok, Thor sai do dramalhão Shakespeariano para o cômico escrachado, dando o tom que seguiria com o herói em todos os filmes que participasse a partir daí, independente do que lhe acontecesse. Essa mudança fez muitos estranharem a abordagem e ainda hoje existe uma clara divisão entre quem ama e odeia essa nova vertente. Entendendo esse ponto, é importante ressaltar: Se não gostou de Thor: Ragnarok, talvez Amor e Trovão não seja pra você.

Não, não temos o lixão de volta, mas todas as características do filme anterior estão elevadas a décima potência aqui. Tudo é muito colorido, tudo é muito escrachado, tudo tem muito humor, tudo é... demais.  Se isso é bom ou ruim vai depender única e exclusivamente da sua percepção.

Aqui o filme precisava lidar com um excelente Christian Bale como Gorr, que tem como missão matar todos os deuses por acreditar que são hipócritas e não fazem nenhum bem, em contrapartida temos Thor tentando se encontrar depois de tantas perdas pessoais e Jane Foster reaparecendo de forma inesperada. Precisava funcionar e acima de tudo, precisava ser orgânico e foi. Pelo menos na maior parte do tempo.

Apesar de não ter dado espaço para personagens secundários como Valquíria (Tessa Tompson), as relações são muito naturais e funcionam muito bem. Talvez um dos pontos que mais chamem atenção é quanto o filme consegue utilizar muito bem as cores e se destaca como tendo umas das cenas mais bonitas dos filmes de Thor, com uma fotografia que lembra muito 300 (2006) de Zack Snyder. O grande problema desse longa talvez seja a falta de emoção nos momentos que precisava de dramaticidade, já que a piada não só se sobressai como ultrapassa e muito o ritmo dos acontecimentos.

No final das contas, Amor e Trovão e um grandessíssima aventura infantil - mesmo com piadas relativamente adultas - em que é perceptível o quanto os envolvidos se divertiram fazendo. Apesar da estrutura narrativa não ser eficiente e comédia ainda prevalecer mais do que deveria, é um filme carismático e ao mesmo tempo muito caótico, com uma trilha sonora invejável, além de participações especiais no mínimo interessantes. Se quiser rir sem grandes elaborações, assistir algo leve e distrair a mente, essa é uma boa opção. E lembre-se: for vê-lo, vá de coração aberto.

Boa sessão pra você!!!

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