Crítica | Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1

Título: Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1

Direção: Christopher McQuarrie

Roteiro:Christopher McQuarrie, Erik Jendresen

Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Simon Pegg, Ving Rhames, Rebecca Ferguson, Vanessa Kirby, Pom Klementieff, Esai Morales

Gênero: Ação, Espionagem

Classificação:4/5

Sinopse: Missão Impossível 7 - Acerto de Contas Parte 1 é o sétimo capítulo da franquia de ação e espionagem iniciada em 1996, que acompanha o agente norte-americano Ethan Hunt (Tom Cruise) em missões altamente secretas e perigosas. Agora, no novo filme, Ethan e a equipe do IMF formada por Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), Benji Dunn (Simon Pegg) e Luther Stickell (Ving Rhames) recebem outra importante missão: eles devem rastrear uma nova e aterrorizante arma que, se cair nas mãos erradas, pode representar uma ameaça para toda a humanidade. Com o controle do futuro e o destino de todo o mundo em jogo, a equipe precisa partir em uma corrida frenética e mortal ao redor do planeta. Além disso, Ethan ainda é confrontado por um novo inimigo misterioso e muito perigoso, e é forçado a aceitar que, para completar o desafio, nada pode importar mais do que a missão - nem mesmo sua própria vida.

                                                  Resenha

    Depois de longos 5 anos de espera desde a estreia de Efeito Fallout (2018), esta semana chega aos cinemas o sétimo filme de uma das franquias de ação mais bem estabelecidas do mundo. Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 tem como tarefa trazer entretenimento que seja tão bom ou melhor do que seus antecessores, mas que ao mesmo tempo traga também renovação. Depois de 27 anos do primeiro filme, Ethan Hunt (Tom Cruise) precisa lidar com mais uma ameaça global, envolvendo um elemento extremamente debatido na realidade atual: A Inteligência Artificial. Mas será que Tom Cruise conseguiu fazer um longa que faça jus a saga?

    Com a premissa de que “Agora é Pessoal”, o longa dirigido por Christopher McQuarrie – responsável pelos três últimos M.I. - traz Ethan se reunindo a Benji (Simon Pegg) e Luther Stickell (Ving Rhames) para lidar com mais um conflito de grande escala, onde os jogos de poder podem custar caro. Aqui, um novo inimigo é estabelecido. Não estamos mais falando do Sindicato, a ameaça é a tecnologia... em parte.

    Para início de conversa é bom destacar o seguinte: Este filme está a frente do seu tempo. Isso porque todos os grandes elementos encontrados aqui se encaixam perfeitamente no momento em que vivemos. Desde a primeira cena (entenderá assim que começar a assistir), até o oponente da IMF. Mas, por mais que o timing seja incrivelmente preciso, este filme deveria ter estreado dois anos atrás. Com a previsão de sair em 2021, sofreu uma série de adiamentos, já que estava sendo gravado quando começou pandemia. Dito isso, vamos ao que realmente interessa.

    Acerto de Contas faz jus a aclamação que vem recebendo da crítica. Com suas 2 horas e 43min, é o mais longo dos sete. Pode parecer cansativo, mas é muito provável que você não sinta o tempo passar. É frenético, com cenas de tirar o fôlego – talvez um pouco longas – mas sem explosões sem sentido e completamente desnecessárias. Tem humor, emoção e o mais importante: Tom Cruise fazendo algo completamente IMPOSSÍVEL.

    Nos filmes anteriores ele já escalou o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai, se prendeu a um avião pelo lado de fora e o que Tom faz nesse filme é real e assustador. Precisou de meses de engenharia e muito cálculo. Nada poderia dar errado. Não contarei qual é a cena. Você saberá. Vai prender a respiração e se perguntar “Como?”.

    Junto com o frenesi das cenas de ação, temos adições importantes aqui. Hayley Atwell talvez seja o nome mais ressonante, interpretando a Ladra Grace, com boas habilidades e decisões minimamente questionáveis. A segunda adição é Pom Klementieff interpretando a enigmática Paris. E ao trazer de volta a contrabandista Alana (Vanessa Kirby) e a melhor espiã que essa franquia já viu – Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), consegue ter a maior quantidade de mulheres num filme de Missão: Impossível. Isso não significa que o roteiro consiga trabalhar bem todas elas e talvez esse seja lado mais negativo do filme.

    Há também escolhas de roteiro bastante duvidosas em relação ao vilão também. Juntamente com a inteligência artificial, vemos Esai Morales interpretando um caricato e quase irrelevante Gabriel. Não há profundidade. Tudo é jogado, com ações soltas. Não há absolutamente nada de fascinante sobre ele. Morales, até o momento, junta-se a Kurt Hendricks (Michael Nyqvist) e seu apagado vilão do também esquecível Protocolo Fantasma (2011).

    Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 é um filme completo. Ele consegue fechar seu ciclo, mas ainda há a parte dois, prevista para o ano que vem. Com cenas arrasadoras e imponentes, tem tudo para ser um dos melhores filmes do ano. Cumpre seu papel e se estabelece bem dentro da franquia. E sim, Tom Cruise conseguiu de novo. Ação sob medida para os fãs de uma boa experiência. Um verdadeiro Blockbuster que merece sua atenção.


                                              Boa sessão para você!!!

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