Série Maníacos | The Crown - 1ª Temporada

Título: The Crown;
Canal: Netflix;
País: Inglaterra;
Status: 1ª temporada (renovada);
Episódios: 10;
Duração: 60 min;
Gênero: Drama/Biografia;
Elenco: Claire Foy, John Lithgow, Matt Smith;
Classificação:

SINOPSE

A série é uma biografia sobre o reinado da Rainha Elizabeth II, os conflitos históricos e seu relacionamento com sua família. Além de focar nos bastidores de seu casamento com o Duque de Edimburgo, Philip Mountbatten, possui subtramas com outras figuras históricas, como o Primeiro Ministro britânico Winston Churchill.

                                                                     RESENHA  
 
O que você sabe sobre rainhas, reis, princesas e príncipes? Se veio a sua cabeça lindos castelos, vestidos, riqueza e poder, você não está totalmente errada(o). A diferença é que nem tudo é perfeito. Sim, uma vida dessas pode parecer incrível e mágica, mas a série The Crown mostra também os conflitos, as cobranças e o comportamento de superioridade, da exímia educação (quase que robótica) da Coroa perante o seu país (e para o mundo). A série é um drama biográfico que em sua primeira temporada, conta a história de vida da Rainha Elizabeth II (Claire Foy) com subtramas envolvendo a Família Real. Os bastidores de seu casamento com o Duque de Edimburgo, Philip Mountbatten (Matt Smith) e do momento político da época são importantíssimos para compor toda a história. Com dez episódios, acompanhamos através de saltos temporais, a infância de Elizabeth II, sua relação familiar e intrigas 
                                                         

Podemos encontrar citações aos nomes de Reis e Rainhas, Duques e Duquesas, ditadores como Hittler, conflitos geopolíticos e muito mais. No início, o Rei George VI (Jared Harris) pai de Elizabeth, morre devido ao câncer de pulmão. Os trâmites reais são feitos. No Quênia por motivos oficiais, Elizabeth recebe a notícia da morte do Rei e que ao voltar para a Inglaterra, será coroada rainha. Antes mesmo de assumir o importante posto britânico, o comportamento das pessoas a sua volta mudam instantaneamente. Quase como um endeusamento, sua soberania deve ser respeitada. Sua mãe Rainha Elizabeth (Victoria Hamilton), irmã Princesa Margaret Rose (Vanessa Kirby), avó Rainha Mary (Eileen Atkins) e até seu marido devem se curvar para ela. É incômodo para a jovem de início, pois - agora chamada de Elizabeth II -  quer ser tratada por igual e acaba se sentindo deslocada. Mas, vemos que com o tempo ela compreende a importância deste comportamento tão requisitado pelas regras impostas pela Coroa.  
 
Claire Foy como Rainha Elizabeth II.  
Elizabeth II é vista pelos políticos e alguns parentes como alguém que pode ser manipulada, muito frágil e que parece não ser digna de tal posição, por ser uma mulher (além de ser nova demais). Um exemplo é o Primeiro Ministro Winston Churchill (John Lithgow) que sempre a subestima e não a informa sobre a situação do país. Mesmo querendo uma vida simples no campo com seu marido e filhos, ela se entrega à responsabilidade como Rainha, mostrando paciência, determinação, vontade de aprender sobre o governo do país, teimosia e força para enfrentar as pessoas. Elizabeth II prova que é  capaz de assumir o legado de seu pai. Já Philip se sente humilhado e ofuscado pela mulher, pois não pode desempenhar o seu “papel patriarcal”, como o líder da família. O ator Matt Smith (Doctor Who) está incrível no papel do Duque. Ele é de início compreensível com Elizabeth II e bem humorado. Mas, vemos o desgaste do marido com a nova mulher. A relação dos dois foi afetada e Philip sem muitos afazeres, procura se ocupar com hobbies. Já ela, se preocupa com seus deveres reais, tornando assim a vida do casal monótona. Quem já assistiu a série Downton Abbey, vai gostar bastante de The Crown e todo a glamorização da realeza. 

 Me admirei com a trama da série e os detalhes que por vezes sutil, exibem a magnitude da Coroa fazendo contraste à vida “comum” da população. Mostra como os súditos amam tanto o reinado e clamam por noticiais sobre a Família Real. Por vezes, a futilidade de alguns personagens é justificada pelo seu modo de vida. Um exemplo é o romance proibido da Princesa Margaret com o plebeu Capitão Real Peter Townsend (Ben Miles). Um apaixonado pelo o outro, mas não podem ficar juntos, pois entre alguns motivos ele já é casado. A Princesa se irrita por não poder assumir seu relacionamento com o Capitão, chegando até se rebelar contra sua irmã. Assistindo The Crown, somos levados para a época em questão (1952) onde toda ambientação, desde a moda, comportamento, costumes, carros, tecnologia e como era o papel da mulher na sociedade, são expostos. Ao mesmo tempo que conhecemos a vida “íntima” da Família Real, o interessante da série é todo o seu foco histórico, principalmente pela abordagem do imperialismo britânico. O que aprendemos na escola sobre a história de cada país é apenas o resumão de tudo que aconteceu. Quem gosta do assunto, vai curtir o tom da série e a boa quantidade de informações que dão uma visão um tanto amplificada dos acontecimentos, mas nada de forma didática e sim imersiva.

Momento em que o Duque se ajoelha para a Rainha, sua esposa.

Por se tratar de uma biografia com uns 60 minutos de duração em cada episódio, aconselho ver dois episódios por dia, pois os acontecimentos são contados com narrativa lenta e você pode se cansar. Entender o que se passa e contextualizar com a atualidade é um dos motivos para você não assistir com pressa. A Netflix trouxe uma história que contou com uma enorme pesquisa por parte do roteirista para inserir os mínimos detalhes. Com uma produção caríssima, a ideia do canal de streaming é produzir mais seis temporadas, sendo que a segunda estreia em dezembro deste ano.  

                                                Assista o trailer da primeira temporada: 


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