Crítica | Do Jeito Que Elas Querem


Título: Do Jeito Que Elas Querem (Book Club)
Direção: Bill Holderman
Elenco: Jane Fonda, Diane Keaton, Candice Bergen, Mary Steenburgen.
Gênero: Comédia romântica
Classificação :
Sinopse: 
Nos arredores da Califórnia, quatro amigas de longa data estão na casa dos 60 anos e decidem ler no clube do livro mensal o romance Cinquenta Tons de Cinza. Esse não é o tipo de livro que elas leem normalmente, o que faz com que a vida dessas mulheres bem-sucedidas e inteligentes mude completamente. 

                           Crítica

Pegando carona no sucesso literário e cinematográfico Cinquenta tons de Cinza, o filme apresenta quatro amigas de toda uma vida e suas questões pessoais no auge do que  muitos chamam de crise dos sessenta.

O filme provavelmente passaria despercebido se não fosse pelo elenco estrelar feminino liderado pela Jane Fonda, pois apresenta uma série de clichês que não posso deixar de citar: Temos uma típica mulher adorável, inteligente e recém viúva com duas filhas ultra protetoras, interpretada pela maravilhosa e sempre elegante Diane Keaton a personagem dela tem dificuldades em adquirir independência das filhas que estão ocupadas demais tentando enumerar as fragilidades da mãe (é um tanto quanto irritante algumas cenas, em especial sendo filha de uma mulher que também está próxima dessa idade), temos também uma super bem sucedida juíza divorciada a DEZOITO anos e desde então não conseguiu superar o fim da relação e decide através de apps de namoro alguma mudança(cenas engraçadinhas rendem), claro que não deixaríamos de ter no grupo de amigas aquela personagem que se casou com o primeiro namorado da escola e ainda estão casados após trinta e cincos anos e três filhos e após tanto tempo a conexão entre o casal parece estar tão baixa que a faz acreditar estar dormindo com o melhor amigo e por último mas não menos importante tem a típica amiga independente e aparentemente bem com tudo aquilo que foi capaz de construir mantendo relacionamentos baseados apenas em sexo. 
A típica mulher indisponível emocionalmente tão retratada na literatura da qual honestamente eu não sou capaz de entender como isso ainda convence as pessoas de que é algo palpável e tão traçadinho mas enfim de uma forma pouco resumida essas são as quatro amigas que mantém um clube do livro como forma de lazer apropriada para suas faixas etárias( essa crítica sutil eu gostei) fazendo leituras de clássicos norte americanos quando inesperadamente são apresentada a trilogia Cinquenta tons e se torna um furor em suas respectivas vidas e relações e é tudo que vou dizer, para não soltar spoiler.




Enquanto vão do primeiro ao terceiro livro da saga, o filme acontece de forma crescente e pouco surpreendente mas ainda assim divertida. É o tipo de filme que eu adoraria ver com minha mãe, irmãs e amigas.



Problemático me parece um filme sobre mulheres num período tão pouco explorado, que são as com idade maiores de cinquenta anos pela indústria de uma forma geral(ponto por isso estar finalmente diminuindo) ser uma obra liderada por um homem, acredito que se fosse toda produzido e dirigido por mulheres poderia ter rendido algo mais que uma quantidade imensa de clichês bem colocados e talvez rendesse uma obra mais honesta e biográfica mas estamos falando de Hollywood eu sei, e ainda estamos crescendo e quem sabe num futuro? Porque a representatividade real, tem ganho seu espaço cada vez mais.


Afinal uma garota pode e deve sonhar!




                                Ana Paula Santos(@anapaulla)

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário