Título: Doces Dias Ácidos — Um Romance Sobre a Vida RealEditora: Outro Planeta
Autor: Taty Ferreira
Número de páginas: 224
Classificação: 
Sinopse: Uma jovem arquiteta constrói projetos e plantas dos sonhos de outras pessoas, enquanto não consegue construir seu próprio caminho. Aos vinte e poucos anos, se vê frustrada, morando numa quitinete, enfrentando dilemas existenciais e sem planos concretos para o futuro. Após um grave acidente encontra forças para traçar novas linhas de sua história. Conflitos internos. A convivência com o luto. O recomeço. A conquista da independência. Tudo passa como um filme em sua cabeça enquanto embarca na viagem que a enviará de volta para sua cidade natal. Taty Ferreira, autora do Manual da mulher bem resolvida, nos leva nesta jornada de uma personagem sem nome, em busca de si, que poderíamos facilmente reconhecer numa avenida, no ônibus ou em frente ao espelho.
Às vezes precisamos recomeçar mais de uma vez.
Diante de tantas mudanças e conflitos pessoais, a personagem deste livro — que não tem nome e que, por isso mesmo, garante ao leitor se identificar com ela em algum momento — vivencia os dramas da busca pelo primeiro emprego, a ansiedade, a depressão e todas as coisas que, infelizmente, afetam as nossas vidas. Além disso, um acidente com Henrique, seu namorado, a fez refletir muito sobre si mesma e, consequentemente, nos possibilita pensar sobre a importância das pessoas que amamos em nossas vidas. Outro aspecto importante na obra é o fato de o bem-estar físico e emocional ganhar destaque, sendo ilustrado através da vida da personagem, o que nos garante a reflexão sobre estes pontos no mundo caótico onde vivemos.
Embora seja um livro com a linguagem direta, a leitura de Doces Dias Ácidos, pelo menos nas primeiras páginas, não é fácil porque a carga emocional da personagem é grande. Narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista da personagem principal, os fluxos de consciência são extensos e necessários para que possamos desvendá-la e embarcar em seus recomeços, que se mostram inúmeros a partir do momento em que as mudanças passam a acontecer em sua vida.
A grande lição que percebi no livro é que, independente daquilo que aconteça, sempre temos novas chances e algo de bom pode surgir quando menos esperamos se, de fato, estivermos dispostos a aceitá-lo.
A partir do momento em que se permite viver as mudanças, a personagem cresce junto com a narrativa e propicia ao leitor visualizar novos nuances da vida e as novas situações que enfrenta. Em meio ao seu recomeço, a acompanhamos em uma temporada nos Estados Unidos, desvendamos sua nova rotina como estudante, torcemos com a busca por um emprego temporário, os amigos que conquista e outros que se tornam inseparáveis e essenciais, incluindo a descoberta de um novo amor, que pode chegar inesperadamente, mas transmitir muita paz.
Por ser um livro com poucas páginas, a leitura é bem rápida e o final nos deixa com gostinho de quero mais, especialmente por nos permitir idealizar o futuro da personagem. Gostei muito do livro e acho que a leitura vale a pena para quem está em busca de uma obra na qual a personagem principal vive o autoconhecimento e que, além disso, mostra outros lugares sob a própria perspectiva, permitindo-nos conhecer outra cultura. Este é o tipo de livro sobre a vida real, essencial para quem gosta de refletir sobre alguns aspectos da vida contemporânea!
Resenha
Às vezes precisamos recomeçar mais de uma vez.
Nesse primeiro entendimento, percebi, com enorme clareza, que ninguém conta aos jovens quão custoso é se tornar um adulto.
Diante de tantas mudanças e conflitos pessoais, a personagem deste livro — que não tem nome e que, por isso mesmo, garante ao leitor se identificar com ela em algum momento — vivencia os dramas da busca pelo primeiro emprego, a ansiedade, a depressão e todas as coisas que, infelizmente, afetam as nossas vidas. Além disso, um acidente com Henrique, seu namorado, a fez refletir muito sobre si mesma e, consequentemente, nos possibilita pensar sobre a importância das pessoas que amamos em nossas vidas. Outro aspecto importante na obra é o fato de o bem-estar físico e emocional ganhar destaque, sendo ilustrado através da vida da personagem, o que nos garante a reflexão sobre estes pontos no mundo caótico onde vivemos.
Aquela era uma viagem de descoberta, isso eu já havia compreendido desde o início, mas foi só naquele momento que percebi que, para descobrir quem eu realmente era, havia deixado para trás tudo que tinha como certo sobre minha individualidade.
Embora seja um livro com a linguagem direta, a leitura de Doces Dias Ácidos, pelo menos nas primeiras páginas, não é fácil porque a carga emocional da personagem é grande. Narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista da personagem principal, os fluxos de consciência são extensos e necessários para que possamos desvendá-la e embarcar em seus recomeços, que se mostram inúmeros a partir do momento em que as mudanças passam a acontecer em sua vida.
Não saber o que iria acontecer, ou o que havia acontecido, só me fazia pensar e pensar mais um pouco.
A grande lição que percebi no livro é que, independente daquilo que aconteça, sempre temos novas chances e algo de bom pode surgir quando menos esperamos se, de fato, estivermos dispostos a aceitá-lo.
Talvez querer criar vínculos num mundo de pessoas tão ocupada e focadas nas suas próprias coisas fosse mesmo uma maluquice.
A partir do momento em que se permite viver as mudanças, a personagem cresce junto com a narrativa e propicia ao leitor visualizar novos nuances da vida e as novas situações que enfrenta. Em meio ao seu recomeço, a acompanhamos em uma temporada nos Estados Unidos, desvendamos sua nova rotina como estudante, torcemos com a busca por um emprego temporário, os amigos que conquista e outros que se tornam inseparáveis e essenciais, incluindo a descoberta de um novo amor, que pode chegar inesperadamente, mas transmitir muita paz.
Apenas posso garantir que nenhuma distância ou tempo será suficiente para ocupar o espaço que você tem na minha vida e sempre terá no meu coração.
Por ser um livro com poucas páginas, a leitura é bem rápida e o final nos deixa com gostinho de quero mais, especialmente por nos permitir idealizar o futuro da personagem. Gostei muito do livro e acho que a leitura vale a pena para quem está em busca de uma obra na qual a personagem principal vive o autoconhecimento e que, além disso, mostra outros lugares sob a própria perspectiva, permitindo-nos conhecer outra cultura. Este é o tipo de livro sobre a vida real, essencial para quem gosta de refletir sobre alguns aspectos da vida contemporânea!
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