Resenha : Não Tá Fácil Pra Ninguém | Andrew Tsyaston


Título: Não Tá Fácil Pra Ninguém
Autor: Andrew Tsyaston
Editora: Seguinte
N° de Páginas: 112
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Sinopse: Às vezes você mal acorda e já sente que a vida quer te derrubar? Tenta, em vão, conciliar sono, trabalho, exercícios, lazer e vida social, e sente que tem sempre alguém muito melhor do que você em tudo? Não se preocupe, você não está sozinho! Porque a verdade é que não tá fácil pra ninguém.

De forma acessível e certeira, as tiras de Andrew Tsyaston discutem ansiedade, depressão, masculinidade tóxica, autoestima e as expectativas de nossa sociedade em relação aos jovens. Ao longo da leitura, é inevitável se identificar e dar muita risada ― ainda que, por dentro, você esteja chorando.
                                                                    Resenha

Andrew Tsyaston teve uma ideia simples: e se, ao invés de nos lamentarmos dos revezes que a vida nos dá, não fazemos sátiras com isso? Essa é a premissa de suas tirinhas mundialmente conhecidas que chegaram a passar de 01 milhão de seguidores em redes sociais.

Em Não Tá Fácil Pra Ninguém, Andrew compila o melhor do seu trabalho num livro lúdico, fácil e de leitura rápida, cujo objetivo é rir um pouco, mesmo que lá no fundo, é bem provável que estejamos em posição fetal.

Às críticas estão presentes das formas mais variadas, desde às mais sutis às mais impactantes, mostrando que realmente vivemos numa sociedade que nos padroniza, limita e consome. Mas, como nem tudo está perdido, às vezes o segredo está em diminuir as expectativas, não se importar com o quão o outro pode ser melhor que você e acima de tudo não deixar as ansiedades do mundo tomem conta da sua confiança em si mesmo (a).

Não Tá Fácil Pra Ninguém é o tipo de livro que traz por si só a leveza da ironia, se é que isso é possível. Involuntariamente nos identificamos com os problemas enraizados no nosso dia a dia, comumente considerados normais, mas são mostrados de forma deliberadamente reflexiva sobre quão caóticos e doentes nos encontramos. 

É aceitável colocarmos máscaras de sorriso pra mostrarmos que somos felizes o tempo inteiro? É permitido sentir raiva ou tristeza?  Temos mesmo que nos adaptar ao que o mundo diz ser o correto e assim, ferir gradativamente nossa natureza? Seria muito ousado optar por ser diferente?

Eis que o livro nos convida a nos despir dos moldes de uma realidade dolorosa, porém “tolerável”, já que, convenhamos, todos estamos no mesmo barco, entretanto se atreve a fazer isso nos convidando a rir de nossas próprias tragédias, afinal, o que não tem remédio, remediado está. Ou será que não? Fica aqui o questionamento.

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