Crítica | A Possessão de Mary

Título: A Possessão de Mary
Direção: Michael Goi
Elenco:  Gary Oldman, Emily Mortimer, Owen Teague
Gênero: Terror
Nacionalidade: EUA
Classificação:


Sinopse: Um família feliz mas com alguns conflitos e problemas do passado - liderada por David (Gary Oldman) e Sarah (Emily Mortimer) tentam ascender economicamente através da compra de um barco. Porém, eles não contavam com a presença da verdadeira dona do navio.


Não embarque nessa.

“A sensação boa que tem você largar o filme antes da metade, é como se você recuperasse uma hora de vida” – a conhecida frase de um famoso motorista de van, que nas horas vagas também opina sobre cultura e cinema, encaixa-se perfeitamente em “A Possessão de Mary”.

E, de fato, a primeira metade do filme chega a ter bons e convincentes momentos: vamos lá – “A Possessão de Mary” conta a história de uma família que busca realizar o sonho de sair da relação patrão/empregado e viver do próprio empreendedorismo. Assim, David (Gary Oldman) compra um barco velho e danificado em um leilão mesmo contra a vontade de sua esposa Sarah (Emily Mortimer), e convence toda a família a embarcar -literalmente – numa viagem inaugural.

Contudo, o barco é amaldiçoado e aos poucos a viagem torna-se um pesadelo – para os personagens e também para quem assiste. Aqui, é importante uma provocação: existem uma absurda quantidade de filmes de terror onde espíritos ruins /demônios /entidades estão na casa – são tantos filmes do gênero nesse sentido que já é um clichê. No entanto, “A Possessão de Mary” não só diferencia-se nesse ponto como também brinca com o famoso e irônico questionamento: “por que eles não saem desse lugar ?” – uma vez que a família está no meio do oceano.

Além disso, a química entre David, Sarah, Lindsey e Mary (nome da filha caçula é o mesmo da embarcação) funciona. Parecem realmente uma família comum e transmitem isso de maneira orgânica. Muito disso deve-se ao excelente Gary Oldman. Porém, a segunda metade do filme é recheada de sustos sem sentido, recursos preguiçosos como sonhos /alucinações, explicações sem necessidades e principalmente efeitos visuais que chegam a causar constrangimento.

Dessa forma, “A Possessão de Mary” é um filme trash com algumas boas poucas ideias, mas facilmente esquecível e até de certa maneira tosco.

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