Série Maníacos: Designated Survivor

Título: Designated Survivor
Criação: David Guggelheim
Temporada:
Transmissão: Netflix
Duração ep: 45 minutos
Gênero: Drama / Política
Elenco: Kiefer Sutherland, Kal Penn, Maggie Q, Natascha McElhone, Adam Canto, Italia Ricci, LaMonica Garrett, Reed Diamond, Malik Yoba, Tanner Buchanan, Jake Epstein, Virginia Madsen, McKenna Grace, Vanessa Burns, Paulo Constanzo, Ben Lawson,
Classificação: Nenhum texto alternativo automático disponível.
Sinopse: Após um ataque terrorista no Capitólio que resultou na morte de 1000 pessoas, o sobrevivente designado, Robert Kirkman (Kiefer Sutherland) ganha uma promoção. De Ministro da Habitação quase demitido, ele se transforma no presidente dos Estados Unidos e, além de ser o homem mais poderoso do mundo, precisa contornar tanto os inimigos e ameaças externas quanto as internas.


Disclaimer: 

O sobrevivente designado é um membro do governo que é escolhido para ficar em local seguro quando o presidente vai se apresentar em público. Se acontecer alguma coisa que impeça o presidente ou o vice-presidente de assumir a presidência (pela 25ª emenda que diz que se o presidente não tem condições de tomar decisões e assumir, o vice-presidente é nomeado presidente), esse membro é escolhido para assumir. 
Transformando esse conceito americano para a legislação brasileira, basicamente, se o presidente não pode exercer a função (Impeachment - palavra muito utilizada no ano de 2017 aqui no Brasil), o vice-presidente assume e, caso esse não possa assumir, o presidente da câmara dos deputados assume. Esse seria o nosso sobrevivente designado, dada as devidas proporções.

Mais um disclaimer. O assunto é política. Algo chato, porém extremamente necessário, eu vou tentar fazer a minha parte sem tornar a resenha muito chata. Então, vamos lá.

Resenha:

Os três primeiros episódios tem a função de mostrar um Robert Kirkman confuso e tentando entender as nuances do poder na Casa Branca. Lutando contra os opositores dele no governo, além do impacto que isso causa nele e em sua família, na pele de sua mulher Alex Kirkman (Natascha McElhone) e Leo Kirkman (Tanner Buchanan) e a formação do gabinete, que funciona como uma tropa de choque administrativa. Emily Rhodes (Italia Ricci) - chefe do gabinete, Aaron Shore (Adan Canto) - secretário de Estado e Seth Wright (Kal Penn), como o porta-voz da Casa Branca (essa cena, inclusive, é a cena mais engraçada da série). Esses personagens formam o primeiro núcleo da série, mais administrativo que lida com os "incêndios" do mandato de Kirkman. 

E temos um outro núcleo, liderado pela carismática Hannah Wells (Maggie Q), uma agente do FBI que perdeu uma pessoa querida no atentado, descobre que há uma tentativa de golpe orquestrada por gente de "dentro" da Casa Branca e procura investigar o atentado no Capitólio, descobrindo coisas aterradoras. 

Esses dois núcleos demoram um tempo para se integrar, sem "forçar a barra". Dá para até comparar a Agente Wells como o Jack Bauer de saia. Ela é excelente mesmo, de verdade. 

A série me ganhou por ter um dos melhores personagens de série policial ever, Jack Bauer. E, por todo o tempo da primeira temporada (22 episódios) eu esperava ver o Jack Bauer, não o presidente Kirkman, ou seja, ao mesmo tempo que ela me ganhou, ela me "perdeu". A minha expectativa - somente minha, não é demérito da série não - de ver o Jack Bauer na presidência ocorreu em poucos momentos - daí o motivo por eu gostar tanto da personagem da Maggie Q. 

Outro fator que fez com que eu devorasse os 33 episódios até o momento - a série continua em exibição no Netflix - foi toda a propaganda gerada por ser a série que a Casa Branca odiou. Não que tivesse motivo, ao meu ver e a série mostra diversas vezes, é um presidente idealizado. Quer dizer, como se alguém que tenta fazer as coisas certas - característica marcante do presidente - assumisse um cargo de poder e tivesse que combater a maior parte das forças opositoras entre si de um Senado ou Câmara dos Deputados, então esse embate é mostrado e demonstrado com excelência pela série. E, quando você chega numa determinada idade - ou passa por momentos atribulados em questão de cidadania, ou ainda quando existe a possibilidade de um maluco chegar ao cargo máximo de seu país (esse comentário é de expressa responsabilidade do resenhista, o blog não tem nada a ver com isso - e talvez eu fale algo na próxima resenha), você começa a querer entender um pouco mais esse fio de Ariadne e Designated Survivor é um bom começo para isso, juntamente com House of Cards, que já falamos aqui.

Concluindo:

Na mistura da sopa de Designated Survivor há algo misterioso, um ingrediente além de outras séries políticas, talvez por fazer com que o expectador assuma e torça para o Robert Kirkman - o presidente independente (sem partido), até quando ele é obrigado a fazer uso dos poderes de presidente, sem a diplomacia que ele adquire durante a série. A evolução é notória. 

Mesmo a parte política sendo dominante, há ainda a eterna conspiração que se desenrola bem devagarinho - o Fio de Ariadne - deixando a expectativa sempre alta (não tão alta, mas alta) para a resolução e o "embate" entre o presidente e sua equipe, contra os vilões da história. 

Eu não sou muito experientes em séries, talvez o grande indicativo para uma série ser boa é o "prender". Quando a série prende o expectador, é uma boa série. E Designated Survivor, contrastando com o momento politico americano e mundial sem sobra de dúvidas me cativou. 

No momento em que eu termino essa resenha, a série está correndo na segunda temporada no Netflix (o próximo episódio chama-se "Grief" e deve ser bem triste porque... bom, não vou contar, mas eu fiquei chocado) que vai ao ar em março. 

E vocês? O que estão assistindo?




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